O evento, que habitualmente decorria em Sintra, não se realizou em 2014, porque o executivo liderado por Basílio Horta (PS) recusou apoios financeiros.

"Passámos um mau bocado", disse hoje à Lusa o cartoonista António Antunes, responsável pela organização do WPC. "É normal que, mudando a cor política de quem lidera a câmara, os eventos associados ao anterior partido deixassem de acontecer. Isso não me choca nada. O que me chocou foi primeiro terem dito que sim e, depois, com o autocarro em andamento, dizerem que não".

O responsável pela organização do WPC contou que Cascais se disponibilizou de imediato a acolher o evento.

"Claro que há adaptações a fazer, mas é uma nova aventura e estamos muito otimistas", acrescentou.

António Antunes considerou ainda que o sucesso esperado para esta 11.ª edição é ainda maior, depois do ataque, em janeiro, contra o semanário satírico francês Charlie Hebdo.

"As pessoas atentam mais agora à liberdade de expressão. A emoção francesa teve eco. Enquanto o efeito Charlie estiver a acontecer, com certeza que mais pessoas estão mais atentas, mas o que eu temo é que seja um efeito transitório", disse à Lusa o cartoonista.

Na conferência de imprensa de apresentação da próxima edição, realizada hoje, em Cascais, António Antunes especificou que o júri irá deslocar-se a Portugal, nas próximas semanas, para avaliar os trabalhos a concurso e, depois, selecionar os que serão levados para a exposição, que irá acontecer em julho.

O presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, disse que o concelho "abriu logo as suas portas para acolher" a iniciativa, estando certo de que o tornará "mais rico em valores".

O autarca lembrou ainda que o "espírito provocador" que existe nos cartoons é também "essencial".

O WPC irá atribuir um total de 25 mil euros em prémios. O primeiro prémio será de 10 mil euros.

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