Veja aqui o RESET de Clara de Sousa no podcast RESET, apresentado por Bumba na Fofinha: 

Clara de Sousa, ou Brasa de Sousa, como Bumba gosta de se referir à jornalista portuguesa, impõe-se pela sua voz e registo, que intimidam Mariana Cabral. 

Contudo, a jornalista que é um dos rostos de referência no jornalismo televisivo nacional, diz ser “muito galhofeira”, sempre pronta para noites de farra. Ainda assim, a disciplina mantém-se na vida pessoal pois nunca é para cair para o lado. Aliás, consegue "virar o barco e voltar para a festa", que é como quem diz deitar tudo cá para fora e seguir em frente.

Entre revelações como sonhos de infância, tiros ao lado na vida e os maiores falhanços em direto, é num tom de brincadeira que o episódio prossegue. "Quando era pequenina queria ser cabeleireira", confessa Clara de Sousa. Talvez seja por isso que, ainda hoje, goste de ser ela mesma a arranjar o seu próprio cabelo, apesar de ter uma equipa de produção pronta para a ajudar. "Eu é que convivo com o meu cabelo há 53 anos, por isso eu é que sei como gosto dele", explica.

Possivelmente uma carreira passada ao lado? A verdade é que a pivot de informação, que já conta com uma carreira com mais de 30 anos, é uma verdadeira mestre em "encher chouriços" em direto, quando não há novas informações a dar. "Não disseste nada, mas disseste tudo", diz Bumba na Fofinha. 

Mas nem tudo são boas experiências no jornalismo. Desde os mais pequenos deslizes, como trocar o nome do Papa Bento XVI por Papa Bento Rodrigues [colega de estação], à dificuldade de equilibrar a vida profissional e pessoal, houve espaço para tudo nesta conversa. 

Clara de Sousa confessa que durante mais de 1 ano e meio mal conseguia ver os filhos e aquele que era o seu marido na altura. "O prime time da televisão é quando as pessoas já estão em casa. E eu não tinha esse tempo em família", diz a jornalista. Os horários “trocados” acabaram por “arrebentar casamentos”, mas mesmo assim a jornalista mantém uma cultura de trabalho muito forte: "Para mim é inconcebível não dar tudo o que tenho quando estou focada no trabalho".

Devido à rotina de trabalho da pivot, nos tempos iniciais de lançamento do canal SIC Notícias, Clara de Sousa chegava a casa às 2 da manhã e não conseguia ir dormir. Para relaxar poderia ler um livro, fazer um Sudoku, mas a jornalista tinha outra coisa em mente: jogar Dooms até às 5 da manhã. "Era só matar pessoas. Entrava em zonas de edifícios abandonados em que havia alguém que me queria matar e eu não podia deixar que me matassem", conta entre risos. 

Quando olha para o início da sua carreira, Clara de Sousa não gosta de se ver, pois já não se reconhece. Tendo passado por vários canais de televisão, experiências boas e más é o que não lhe falta. Em tom de conselho, deixa a dica: "Tens de lutar pela tua felicidade até ao dia em que tiveres sucesso. E entretanto se não tiveres, cada vez que tu tentas, durante um tempo é um sucesso até ser um fracasso". 

Marcar na agenda:

Clara de Sousa foi a quarta de oito convidados da segunda temporada do RESET. Para ouvir os restantes episódios, basta ir ao Spotify ou ao YouTube.

O podcast de Mariana Cabral tem um cunho social e solidário. Conta com o apoio da Delta Q, que doa, depois de cada episódio, 500 euros a uma causa escolhida pelo convidado. Desta vez, Clara de Sousa escolheu o Centro de Actividades de Tempos Livres Klube+, um espaço aberto de actividades de apoio à infância, juventude e à comunidade, em que todos participam: pais, educadores, pessoal não docente e equipa técnica.