A doença silenciosa que aflige o Alentejo

A insuficiência cardíaca, uma síndrome crónica que resulta da incapacidade do coração de bombear sangue suficiente para o corpo, assume proporções alarmantes no Alentejo. A região apresenta a maior prevalência do país, com 29,2% da população afetada, e mais de 90% dos casos não diagnosticados.

Os sintomas da insuficiência cardíaca, como cansaço, falta de ar, inchaço das pernas e dificuldade em respirar durante a noite, são muitas vezes subestimados ou confundidos com outras doenças, dificultando o diagnóstico precoce. Essa demora no diagnóstico e tratamento adequado pode ter consequências graves, incluindo internamentos hospitalares frequentes, redução da qualidade de vida e até morte.

A insuficiência cardíaca está associada a diversos fatores de risco, como hipertensão arterial, diabetes, doenças cardíacas pré-existentes e tabagismo. Controlar esses fatores de risco através de medidas como alimentação saudável, atividade física regular, controle do peso e abandono do tabagismo é crucial para prevenir o desenvolvimento da doença.

Diante da gravidade da situação, especialistas alertam para a necessidade de medidas urgentes por parte das autoridades. Campanhas de sensibilização para informar a população sobre os sintomas e riscos da doença, investimento na formação de profissionais de saúde e a criação de programas de rastreio e acompanhamento dos pacientes são algumas das medidas necessárias para combater essa “epidemia silenciosa”.

A insuficiência cardíaca não precisa ser uma sentença de morte. Com diagnóstico precoce, tratamento adequado e mudanças no estilo de vida, a maioria dos pacientes pode ter uma vida longa e saudável. É fundamental que todos estejam atentos aos sinais da doença e procurem ajuda médica caso sintam algum sintoma.