A Polícia Judiciária deteve um homem, de 25 anos, residente em Cascais, fortemente indiciado de ter violado e agredido continuadamente a sua companheira, com quem vivia desde o verão de 2024. O caso, que já choca a comunidade local, envolveu ainda ameaças de morte dirigidas ao filho recém-nascido do casal, elevando o nível de alarme social em torno da ocorrência.

Segundo o comunicado das autoridades, a escalada de violência física e psicológica agravou-se logo após o nascimento da criança, com o arguido a intensificar o clima de terror vivido no interior da residência do casal. No passado dia 14, uma segunda-feira, a vítima conseguiu reunir coragem para fugir do lar e procurou ajuda médica no hospital de Cascais, onde o seu estado levou à transferência imediata para um hospital de referência, em Lisboa.

O alerta à Polícia Judiciária foi dado pela equipa médica, que identificou indícios claros de crime grave, desencadeando de imediato uma investigação criminal. A resposta das autoridades foi célere: a PJ recolheu elementos de prova, identificou o paradeiro do suspeito e, em coordenação com o Ministério Público, executou um mandado de detenção na passada quinta-feira.

O arguido foi presente a primeiro interrogatório judicial e encontra-se, agora, em prisão preventiva, medida de coação considerada essencial face à gravidade dos factos e ao risco para a integridade física da vítima e do filho menor.

Este caso coloca novamente na ordem do dia o problema da violência doméstica em Portugal, que continua a registar números alarmantes, sendo as mulheres e as crianças as principais vítimas de um flagelo que não dá tréguas. As autoridades apelam à denúncia e ao acompanhamento de situações suspeitas, sublinhando que a proteção das vítimas depende do envolvimento de toda a comunidade.