Sábado, Maio 18, 2024

Cidade do Vinho 2025: A “excelente notícia” para o Alentejo

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No passado dia 26 de abril, em Santarém, a Assembleia Geral da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) votou favoravelmente a região da Serra d’Ossa como “Cidade do Vinho 2025”.

Um galardão repartido por cinco municípios, que se juntaram para levar avante a candidatura. Estremoz, Borba, Vila Viçosa, Alandroal e Redondo são os responsáveis pelo sucesso da mesma e por trazer para o Alentejo este “prémio”.

Enquanto Presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, José Santos, aos jornalistas, congratula as autarquias “pela iniciativa que tiveram e pela capacidade de terem percebido que se a candidatura fosse conjunta teria maior probabilidade de ser bem-sucedida”.

“Creio que é uma excelente notícia para esta zona do Alentejo Central e uma excelente notícia para o Alentejo”, reforçou o presidente, acrescentando que é “uma oportunidade muito importante para nós, para continuarmos a consolidar este território como atrativo”.

Referiu ainda que as principais motivações de visita à região são, “sem dúvida”, aquelas que “giram à volta da cultura da vinha, do vinho e do enoturismo”.

Contudo, José Santos não deixou de destacar a importância de “uma programação diversificada” e que “acrescente valor aos eventos que já se realizam”. “Temos a capacidade de criar uma dinâmica de comunicação que dê visibilidade, que dê notoriedade a estes municípios da Serra da Ossa como um todo”, concluiu.

Inácio Esperança – Vila Viçosa

Inácio Esperança

Para nós foi muito bom porque efetivamente calha na antevéspera do Évora, a Capital Europeia da Cultura, em que temos obviamente muita visibilidade e procuraremos cada ano que passa ter mais. E estes cinco municípios que estão a tentar construir uma marca em torno da Serra d’Ossa, que é algo que os une.

É um produto extremamente importante e de excelência. Temos duas regiões demarcadas à volta da Serra d’Ossa. Redondo e Borba, sendo que uma delas foi a primeira região demarcada do país.

Ao nível deste tipo de vinhos, como é evidente. Tivemos o apoio da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) e da Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo (ATEVA), a quem também agradeço.

Estamos a preparar já as atividades que estão no plano previsto para o próximo ano, para conseguir dar visibilidade não só a este território, mas também ao produto que é o vinho e tentar desta forma também ajudar.

O vinho tem efetivamente de ser vendido e exportado e tem de criar riqueza não só no restaurante onde é vendido, mas também na terra de onde é extraído.

Neste momento, os produtores têm um problema em mãos com o escoamento do vinho e com algumas dificuldades que lhe surgem pela questão legislativa.

O consumo de álcool foi diabolizado. Obviamente, o consumo de álcool não é bom quando é em excesso, mas é excelente quando é moderado e é nisso que devemos apostar.

Não devemos diabolizar o vinho, carregando a sua produção com impostos e não permitindo aos agricultores que retirem uma margem suficiente para manter as produções, para poderem ter algum lucro no sentido de terem condições para promover, explorar e vender esse vinho.

Apelei também ao Secretário de Estado do Turismo que renove a questão da rota do vinho e que lhe dê a força e que permita que as pessoas circulem por esta rota que está um bocadinho parada. É necessário também reanimá-la.

João Grilo – Alandroal

João Grilo

É um aspeto muito importante para estes cinco municípios e para a região. É um sinal de reconhecimento também por parte de todos os outros municípios que fazem a eleição de que a região tem um grande significado na produção de vinhos e em toda a história ligada aos eles e que tem merece também essa projeção

É importante que se perceba que estamos a falar do território geográfico de cinco concelhos que partilham a serra como uma identidade e que desse território existem grandes e históricos produtores.

Se é verdade que há municípios com mais afirmação histórica, também há aqueles que estão a crescer, onde a vinha está a assumir um novo papel e o enoturismo está a assumir um novo papel.

É um importantíssimo motor para a promoção da região, acima de tudo. Promoção de uma atividade que é estrutural do ponto de vista económico. Toda a atividade associada ao turismo vínico é estruturante para a região, merece ser promovida e a região merece ser mais conhecida também por isso. Acredito que vai ser mais um fator de atratividade, para dar a conhecer estes cinco municípios a uma parte do país que ainda não os conhecem, e que isso vai traduzir em dinâmicas futuras do ponto de vista económico, da visitação da sede, da criação de novas dinâmicas económicas. Portanto, estes certames tem uma componente naturalmente cultural e de animação, mas tem também uma componente importante de dinâmica económica que não deve ser descurada.

António Anselmo – Borba

António Anselmo

Fizemos uma candidatura em conjunto que é a única coisa, na minha opinião, que tem noção de ser. Borba é vinho, Estremoz tem vinho, Redondo tem vinho, Vila Viçosa património, Alandroal património. Isso é que conta.

Cada terra tem a sua própria identidade, mas o que conta é a promoção do vinho desta zona, que é fabuloso. Estou convencido que vamos ter um grande sucesso.

Trabalhar em conjunto é a melhor coisa que pode haver. Se pensarmos que isoladamente somos alguma coisa, isso é tudo conversa. O que importa é que estes cinco municípios irão promover esta região brutal do Alentejo. Em conjunto somos muito mais fortes

O importante são os objetivos bons para toda a gente. Produtores, restauração, gastronomia, enfim, temos tanta coisa boa. Nós temos queijos, temos azeites. É isso que vamos promover. Principalmente o vinho e associados os produtos ligados ao vinho.

David Galego – Redondo

david galego

O que é importante no meio disto é mais uma vez a capacidade de nós em conjunto conseguirmos conquistar projetos que vamos fazer em prol da nossa região e que naturalmente, sendo feitos em parceria, têm depois muito mais impacto, porque abrangem uma população mais abrangente.

A nível dos vinhos, obviamente, falamos de Redondo, Borba e Estremoz, reconhecidos pelos seus vinhos em Portugal e além-fronteiras, mas também os concelhos de Alandroal e Vila Viçosa, já ambos com adegas também nos seus territórios, ainda com menos dimensão, mas com muito património, gastronomia e tudo aquilo que o vinho traz de benefício.

O vinho está ligado a muitas áreas. Há aqui uma série de diversidade cultural e turística em que o vinho está presente.

Há depois também a vertente económica. No concelho do Redondo, estamos a falar de 13 produtores de vinho com um com vinificação de vinho. Estamos a falar de na ordem dos 20 a 25 milhões de garrafas de vinho produzidas com quase 3000 hectares de vinha, com mais de 200 produtos de pequenos produtores de uva e muitos e muitos postos de trabalho que estão associados a essa atividade que é fulcral para o território.

Esta Capital do Vinho vem trazer ainda um maior reconhecimento daquilo que já é a qualidade do vinho desta região, mas também os projetos de enoturismo que têm vindo a ser desenvolvidos e acabamos por, com esse galardão da Cidade do Vinho em 2025, fazer uma promoção ainda muito mais forte da qualidade que temos nesta oferta.

A vertente económica é logo aquela que mais relevância tem. Nós sabemos que o turismo já representa hoje uma parte significativa da faturação dos das nossas adegas que tem essa valência e naturalmente irá trazer ao território muito mais pessoas para visitar.

O mercado da venda de vinho é extremamente competitivo. Voltar a falar de forma muito mais recorrente e com muito mais ênfase na qualidade dos vinhos que são produzidos em Redondo, Estremoz, Borba, Vila Viçosa, Alandroal. Isso também faz com que a procura dos vinhos desta região naturalmente cresça à medida que esta divulgação e que estas atividades vão sendo realizadas.

José Sádio – Estremoz

José Sadio

Uma candidatura que contou com uma forte colaboração e a todos eles quero parabenizar e agradecer. Queria também agradecer à confiança de muitas Câmaras do Alentejo.

Uma vitória de mais do que da Serra d’Ossa. É uma vitória do Alentejo e da nossa região

Foi um orgulho, o trabalho que foi feito conjunto com estes cinco municípios, com a entidade Região de Turismo, com a CVRA, com a ATEVA.

Eu acho que mais do que uma cidade, acho que todo o Alentejo ganhou.

Teremos a oportunidade de mostrar não só a riqueza e a excelência do nosso vinho, que é o essencial da candidatura, mas também o nosso potencial turístico, cultural, arquitetónico.

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