
O atual autarca de Beja, Paulo Arsénio, recandidata-se à presidência e criar condições para atrair empresas com o objetivo de criar emprego.
O candidato do PS à presidência da Câmara de Beja, Paulo Arsénio, prometeu hoje criar condições para atrair empresas com o objetivo de criar emprego e “inverter ou mitigar” a perda de população no concelho.
“O objetivo final é atrair empresas e criar emprego no município de Beja [para] também inverter ou mitigar esta perda de população que tivemos [concelho] na última década”, explicou o candidato à agência Lusa.
Paulo Arsénio, que está na reta final do primeiro mandato como presidente da Câmara de Beja e que se recandidata ao cargo, falava à margem de uma reunião com a direção da ACOS – Associação de Agricultores do Sul, no âmbito da campanha que hoje começou para as eleições autárquicas de dia 26 deste mês.
Segundo o candidato, em 2019, antes de começar a pandemia de covid-19, Beja tinha registado o mais elevado número de empresas sedeadas (4.659) e o mais baixo número de desempregados (1.023) “da última década”.
Estes números têm “uma leitura muito simples: estamos no bom caminho e há confiança dos empresários para investirem e sediarem as suas atividades em Beja”, frisou.
Entre as propostas do programa eleitoral do PS para atrair empresas, Paulo Arsénio destacou a execução da 2.ª fase de expansão da Zona de Acolhimento Empresarial Norte da cidade de Beja e “priorizar a captação de investimentos nos setores aeronáutico e agroindustrial”.
“Embora todos os investimentos sejam saudáveis em Beja, estes são aqueles que nos fazem mais falta e, como os terrenos [municipais] também são limitados, é para aí que nos orientamos”, frisou.
A 2.ª fase de expansão da Zona de Acolhimento Empresarial Norte vai implicar um investimento “na ordem dos 600 mil euros” e já tem um financiamento comunitário de “500 mil euros” aprovado no âmbito do programa Portugal 2020, precisou.
Beja “começa a ter agora as primeiras [empresas] no âmbito agroindustrial, da transformação de produtos agrícolas, que têm uma base importante da sua produção” no concelho, mas são “poucas”, frisou.
O candidato quer atrair empresas do setor aeronáutico “muito em redor da âncora” já instalada no aeroporto de Beja, ou seja, o hangar da empresa Mesa para manutenção de aviões.
Empresas do setor industrial “é o que falta em Beja para proporcionar mais emprego e manter mais jovens ligados à região”, frisou.
Elaborar os projetos para duas novas zonas de acolhimento empresarial, uma para indústrias e outra para comércio, e criar um tarifário industrial de água e saneamento para potenciar a fixação de grandes indústrias são outras das propostas.
O atual executivo de Beja é formado por quatro eleitos do PS e três da CDU (PCP/PEV).
Nas eleições autárquicas, além de Paulo Arsénio, concorrem à Câmara de Beja Vítor Picado (CDU), Nuno Palma Ferro (pela coligação “Beja Consegue”, que junta PSD, CDS-PP, PPM, Iniciativa Liberal e Aliança), Gonçalo Monteiro (Bloco de Esquerda) e Pedro Pinto (Chega).