Nove autarquias do Sudoeste Alentejano e do Barlavento Algarvio uniram-se para promover soluções sustentáveis ​​que assegurem a disponibilidade de água, essencial para o futuro da região. No dia 5 de novembro, na Barragem de Santa Clara, os Presidentes das Câmaras Municipais de Aljezur, Odemira e Ourique, em conjunto com as autarcas de Lagos, Lagoa, Monchique, Portimão, Vila do Bispo e Silves, aprovaram o Manifesto “Água ao serviço do futuro”. Este documento defende medidas como o reforço do Alqueva como grande reservatório hídrico para o sul de Portugal e a transformação da Barragem de Santa Clara num centro de distribuição de água para as áreas do Barlavento e Sudoeste.

O Manifesto, apoiado por mais de 30 entidades, incluindo a AHRESP, CAP, Portugal Fresh e SOMINCOR, visa sensibilizar o Governo para a urgência de investimentos na gestão de recursos hídricos, propondo a criação de um Plano Nacional para a Água. Este plano prevê a interligação Alqueva-Mira-Odelouca-Bravura e a reabilitação das infraestruturas de distribuição de água, garantindo uma solução sustentável para combater a escassez de água no Sudoeste Alentejano e no Algarve.

Hélder Guerreiro, Presidente da Câmara de Odemira, destacou que “porque a água é um bem essencial para todos nós, a tendência decrescente das afluentes de água para a albufeira de Santa Clara ao longo dos últimos anos tem indicado, de forma muito clara, a necessidade de encontrar soluções para segurança do desenvolvimento do território no futuro. O transvase representa uma das soluções em que o tecido socioeconómico do nosso concelho não perde a sua competitividade e permite garantir a segurança no abastecimento de água às populações.”

O evento contou com a presença de representantes das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo e Algarve, das Entidades Regionais de Turismo e da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo. A cerimónia foi antecipada por uma conferência onde especialistas discutiram a importância de reforçar a infraestrutura hídrica para apoiar atividades económicas específicas, como a indústria, a agricultura e o turismo.

O Manifesto estabelece que, com o apoio governamental, as infraestruturas poderão estar operacionais em quatro anos, garantindo o abastecimento necessário ao desenvolvimento sustentável da região.