A associação de proteção animal “Animais de Ninguém”, sediada em Castelo Branco, enfrenta o risco iminente de perder o espaço onde atualmente acolhe cerca de 170 gatos resgatados. A situação tem vindo a agravar-se, colocando em causa a continuidade da atividade da associação e o bem-estar dos animais.

Segundo a direção da associação, há mais de três anos que aguardam pela cedência de um espaço municipal, promessa feita pela Câmara de Castelo Branco mas ainda sem concretização. “Estamos num local provisório, com limitações óbvias, e sem alternativa à vista”, alerta a associação, que tem vindo a lançar sucessivos apelos públicos e conta agora com o apoio de uma petição que já reuniu centenas de assinaturas.

A associação sublinha que tem tentado, sem sucesso, encontrar um novo local para arrendamento, enfrentando recusas constantes por parte de proprietários que não aceitam animais. A urgência da situação levou à criação da petição pública “Pelo direito a um espaço digno para a Associação Animais de Ninguém”, que exige à autarquia a cedência de um espaço adequado e com condições básicas para a continuidade do trabalho desenvolvido.

A Câmara Municipal de Castelo Branco já reagiu à polémica, garantindo que mantém o compromisso com a causa animal e que tem procurado encontrar uma solução que cumpra os requisitos legais e sanitários. No entanto, até ao momento, não foi formalmente anunciada qualquer decisão ou calendário para a realocação da associação.

A “Animais de Ninguém” alerta para as consequências caso a situação se mantenha: a suspensão das atividades e a possível dispersão ou abandono dos animais atualmente acolhidos. A associação apela a uma solução urgente e exequível, lembrando que o seu trabalho é feito maioritariamente por voluntários e tem permitido salvar e reabilitar dezenas de animais ao longo dos últimos anos.