
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê para os próximos dias um agravamento do estado do tempo em Portugal continental devido aos efeitos da depressão EOWYN, com precipitação, por vezes forte, vento, agitação marítima e queda de neve, adianta esta tarde em comunicado a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Segundo a ANEP vão existir períodos de chuva, por vezes forte, em especial nas regiões Norte e Centro, podendo ser acompanhados de trovoada.
Vento forte com rajadas até 90 km/h no litoral e nas terras altas.
Haverá ainda agitação marítima forte na costa ocidental com ondas até 5 metros, podendo atingir os 7 metros no dia 26 de janeiro.
Está também prevista a queda de neve nas regiões Norte e Centro, a partir da tarde do dia 27 (segunda-feira).
De acordo com a informação da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), podem ocorrer variações significativas dos níveis hidrométricos nas zonas historicamente mais vulneráveis, em particular nos dias 25 e 26 de janeiro:
– Bacia do Minho – aumento significativo das afluências nos rios Minho e Coura;
– Bacia do Lima – aumento significativo das afluências com possibilidade de impacto nas povoações ribeirinhas, em especial em Ponte da Barca e Ponte de Lima;
– Bacia do Cávado – aumento significativo das afluências e possibilidade de impacto a jusante de Vilarinho das Furnas e da Caniçada;
– Bacia do Douro – aumento significativo das afluências, incluindo na sub-bacia do Tâmega e do Sousa, com possibilidade de impacto nas zonas ribeirinhas;
– Bacia do Vouga – aumento significativo das afluências, incluindo a jusante de Ribeiradio, bem como na sub-bacia do Águeda;
– Bacia do Mondego – aumento significativo das afluências a Coimbra;
– Bacia do Tejo – caudais elevados. Não se prevê aumento das afluências de Espanha, não sendo expectáveis situações críticas.
Os episódios de precipitação, vento, agitação marítima e queda de neve, estão normalmente associados:
– À ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro;
– À ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;
– À instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo;
– A piso rodoviário escorregadio devido à possível formação de lençóis de água ou à acumulação de gelo e/ou neve;
– Possíveis acidentes na orla costeira, devido à forte agitação marítima;
– Ao arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública;
– Desconforto térmico na população devido ao aumento da intensidade do vento.