Populações urbanas têm visão pouco realista dos ecossistemas costeiros



As pessoas que moram em zonas urbanas têm uma visão menos realista dos ecossistemas costeiros e uma menor propensão a ações ambientais, do que as que vivem nas zonas suburbanas. É o que sugere uma nova investigação do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST), que analisou dados de 1.400 habitantes de oito Estados da costa leste dos Estados Unidos.

Para os autores, trata-se de uma “síndrome de conhecimento urbanizado”, um pensamento linear que acaba por prejudicar os ecossistemas naturais e dificultar a resiliência da comunidade a desastres naturais. Alguns dos exemplos dados é o facto destas pessoas verem a sobrepesca como um problema que afeta exclusivamente os peixes, ou de olharem para as estruturas de defesa costeira como algo que evita a erosão sem algum impacto no mar.

“Estamos a levantar a hipótese de que a urbanização não está a impactar apenas a dimensão ecológica do sistema, mas também a dimensão social do sistema, o que pode, por sua vez, fazer com que as pessoas se desvinculem do comportamento ambiental positivo. É uma espécie de efeito bola de neve”, explica Payam Aminpour, principal autor do estudo.

Já os cidadãos que viviam em áreas suburbanas, com menos estruturas artificiais, tinham um pensamento mais sistémico, ou seja, diversificado.

“Ainda não podemos dizer o que vem primeiro. Se temos um pensamento sistémico preferimos viver em áreas com ecossistemas mais naturais, ou vivermos em áreas menos urbanizadas faz com que desenvolvamos o pensamento sistémico? Precisamos de experiências mais rigorosas para descobrir”, acrescenta Aminpour.





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