O Departamento de Estado indicou ser pouco provável que Washington e La Havana possam reabrir as respetivas embaixadas até à realização desta reunião internacional, a 10 e 11 de abril, como foi anunciado.

"O presidente Barack Obama sabia, ao decidir participar na Cimeira, que Cuba tinha sido convidada e que haveria uma interação. Os dirigentes estarão juntos a maior parte do tempo. Haverá portanto um intercâmbio com Raul Castro", declarou a secretária de Estado adjunta para a América Latina, Roberta Jacobson.

"Além do encontro bilateral com o presidente (do Panamá Juan Carlos) Varela, nenhuma outra reunião está programada, portanto não sei exatamente que tipo de interação acontecerá", acrescentou a diplomata, sem pormenores.

Esta Cimeira das Américas, onde estarão presentes os presidentes Obama e Castro, entre 34 dirigentes, assume um destaque particular por acontecer depois do anúncio histórico, a 17 de dezembro passado, da restauração das relações diplomáticas entre Washington e La Havana, após meio século de tensões herdadas da Guerra-Fria.

Os dois países já realizaram, em janeiro, fevereiro e março, ciclos de negociações oficiais para o restabelecimento das relações diplomáticas e a reabertura das embaixadas.

Washington tinha como objetivo reabrir a chancelaria em La Havana antes da Cimeira das Américas. Cuba faria o mesmo com a embaixada na capital federal norte-americana.

Mas "a Cimeira começa dentro de seis dias (...) o que não dá muito tempo", disse Marie Harf, uma das porta-vozes do Departamento de Estado, .

Os dois governos mantêm contactos, desde 1977, através de secções de interesses que funcionam como chancelarias.

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