Marcelo Rebelo de Sousa fez um discurso de cerca de 20 minutos na sessão solene dos 45 anos do 25 de Abril, no parlamento, em Lisboa, em que comparou as ambições dos "jovens de 1974", como ele, e os jovens de hoje, "os jovens de 2019".

Para o Presidente da República, é preciso "mais ambição no Portugal pós-colonial, mais ambição na democracia, mais ambição na demografia, mais ambição na coesão, mais ambição na era digital e mais ambição na antecipação do futuro do emprego e do trabalho".

"Mais ambição na luta por um mundo sustentável", concluiu.

Estes objetivos têm que ser conseguidos, afirmou, "com a economia a crescer, com dependência pelo endividamento a diminuir, sensatez financeira a salvaguardar, com acrescida justiça a repartir".

Num discurso em que fez a pergunta e respondeu a si próprio, e sem nunca nomear diretamente o Governo, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que estes são objetivos difíceis.

"Parece um programa impossível? Talvez, mas a História faz-se sempre de programas, ideais, de sonhos impossíveis", afirmou, já a finalizar o seu quarto discurso, como Presidente, na sessão solene do 25 de Abril, na Assembleia da República.

No final, aplaudiram de pé as bancadas do PSD, do PS e do CDS-PP, enquanto PCP, BE e PEV optaram por ficar sentados, sem aplaudir.

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