De acordo com a página do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, (DCIAP) na Internet, "o Ministério Público submeteu, na terça-feira, a interrogatório judicial um arguido por factos praticados enquanto Chefe da Secção de Informações e Investigação Criminal, no âmbito do inquérito em que se investigam as circunstâncias em que ocorreu o furto de material de guerra no Paiol de Tancos".

Fonte ligada ao processo disse à agência Lusa que se trata de Luis Sequeira, que à data do furto de Tancos era responsável pela investigação criminal da GNR de Loulé.

Segundo a nota, "o arguido foi indiciado pela prática dos crimes de associação criminosa, denegação de justiça e prevaricação e de falsificação de documento".

"Em conformidade com a promoção do Ministério Público, ao arguido foram-lhe aplicadas as medidas de coação de Termo de Identidade e Residência, suspensão de funções, proibição de contactos e de se ausentar para o estrangeiro.

O processo tem agora 21 arguidos.

A investigação prossegue sob a direção do Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal com a coadjuvação da Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária.

O inquérito encontra-se em segredo de justiça.

O furto do material militar, entre granadas, explosivos e munições, dos paióis de Tancos, foi noticiado em 29 de junho de 2017. Parte do material reapareceu quatro meses depois, na Chamusca, numa operação da PJM que está a ser investigada, e vários elementos da PJM e da GNR de Loulé foram constituídos arguidos.

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