Em declarações à Lusa, um dos organizadores, Jeremias Lopes Henriques, recordou "o recado" do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para que "o problema do estatuto" seja resolvido durante esta legislatura, pelos partidos e pelo Governo.

"Esperemos que cheguem a um consenso e nos chamem para dialogar sobre o assunto, para que o Estatuto seja aprovado antes de nós morrermos todos", afirmou.

Às 10:30, eram cerca de 40 os antigos combatentes que se concentraram no largo ao fundo da escadaria do Palácio de São Bento, onde funciona a Assembleia da República que hoje não tem trabalhos parlamentares devido às jornadas do PCP.

Lopes Henriques tem algumas expectativas sobre a promessa do ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, que afirmou à Rádio Renascença em novembro que o Governo entregaria em 2020 a sua proposta de Estatuto do Combatente e no "recado" de Marcelo Rebelo de Sousa.

Este grupo de antigos combatentes, segundo Lopes Henriques, reivindica o cartão do combatente, o internamento gratuito nos hospitais públicos e militares, isenção do IMI de casa própria, medidas para retirar da rua antigos combatentes sem-abrigo e um subsídio mensal para todos os que tenham reformas abaixo dos 300 euros.

O Governo apresentou ao parlamento, no ano passado, uma proposta de Estatuto do Antigo Combatente, mas retirou-o em julho, antes do fim da legislatura, e estimou em sete milhões de euros o custo dos projetos de lei apresentados pelo PSD, CDS e PCP.

O ministro Gomes Cravinho justificou a retirada da proposta com falta de "tempo útil" e de "viabilidade" para criar um "consenso alargado" entre os partidos e anunciou que voltaria a ser debatido no novo parlamento, saído das legislativas de 06 de outubro.

Desde o início dos trabalhos parlamentares, já foram entregues projetos sobre o Estatuto do Antigo Combatente do PAN, CDS e PCP.

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