"Globalmente, as operações eleitorais estão a decorrer com a normalidade possível, de forma ordeira como pode ser facilmente verificado por visita aos postos de recenseamento", afirmou, em conferência de imprensa, o diretor-geral do GTAPE, Aliain Sanka.

Alain Sanka referiu que as populações "afluem em quantidade expressiva às brigadas de recenseamento" e estão a contribuir para a "resolução calma e atempada de pequenos problemas".

"As populações são exemplo de civismo e irrepreensibilidade", disse Alain Sanka.

O diretor-geral do GTAPE disse que foram registados alguns incidentes, que o gabinete "irá proceder em consequência" e de acordo com a lei.

"O GTAPE insta, pois, quer junto dos partidos políticos, cuja responsabilidade no bom decurso do processo é incontroversa, quer junto dos eleitores e comunidade em geral, o maior envolvimento possível no sentido da construção do civismo de que a Guiné-Bissau tem de dar exemplo", sublinhou.

Na conferência de imprensa, Alain Sanka disse que até hoje estão recenseados mais de 220.000 eleitores, cerca de 25%, do universo estimado pelo Instituto Nacional de Estatística, que é de 886.292 eleitores.

O processo eleitoral em curso na Guiné-Bissau tem provocado fortes críticas dos partidos sem assento parlamentar e da sociedade civil, que têm pedido que as legislativas sejam adiadas.

Em causa está, essencialmente, o recenseamento eleitoral que não decorreu entre 23 de agosto e 23 de setembro, como previsto, devido a atrasos na chegada dos equipamentos para recenseamento biométrico.

A Nigéria acabou por se disponibilizar para doar 350 'kits' de registo biométrico, mas apenas 150 chegaram ao país, devendo os restantes ser recebidos no sábado, dia em que termina o atual recenseamento.

O recenseamento, que começou a 20 de setembro, deverá terminar no sábado.

Questionado sobre se o recenseamento vai ser prolongado, o GTAPE remeteu para o Governo guineense esclarecimentos sobre o assunto.

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