As eleições gerais - legislativas, presidenciais e provinciais - estão marcadas para 15 de outubro.

O STAE acredita que, "mantendo este nível de registos", no final do período, em 30 de maio, podem estar inscritos, pelo menos, 84,3% dos eleitores previstos, ou seja, cerca de 6,1 de 7,2 milhões, disse o porta-voz do STAE, Cláudio Langa em conferência de imprensa, em Maputo.

Este recenseamento é feito fora dos distritos com autarquias, complementando-o.

Nos distritos com municípios, o recenseamento foi feito há um ano para as eleições autárquicas de 2018 e o STAE inscreveu 6,7 milhões de pessoas nas 53 autarquias.

No recenseamento agora em curso, na província de Cabo Delgado foram registadas 142 mil pessoas, 22% do total previsto, o que representa a maior taxa de recenseamento até agora, enquanto que Sofala, afetada pelo ciclone Idai, registou 30 mil, o que representa 5,8%, a menor taxa do país.

A média de registos ronda os 40 eleitores por dia, com tendência para subir, tendo em conta que parte dos eleitores deixa o registo para as últimas semanas, referiu o STAE.

O órgão eleitoral reconhece que há mais de 600 brigadas "paralisadas" ou a funcionar "de forma condicionada" por razões ligadas a falhas do equipamento e de corrente elétrica.

As regiões afetadas pelo ciclone Idai e pelos ataques armados, em Cabo Delgado, também tiveram atrasos por falta de energia elétrica ou fontes alternativas.

"Há falta de condições adequadas para a instalação de postos de recenseamento eleitoral nas zonas afetadas pelo ciclone e chuvas regulares no Centro e Norte" do país, afirmou o porta-voz.

O STAE adianta que vai procurar formas de recarregamento do equipamento, concluir a distribuição de fontes alternativas de eletricidade e fazer assistência às brigadas.

O orçamento do recenseamento eleitoral ronda os quatro mil milhões de meticais (55 milhões de euros).

RIZR/LFO // SR

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