Os chefes de Estado deram "seguimento" às conversas sobre os casos Hanekom e Chang, referiu aos jornalistas, Filipe Nyusi, chefe de Estado moçambicano, recordando que ambos já os tinham analisado num encontro em Maputo, no início do ano.

Andre Hanekom, empresário sul-africano residente no norte de Moçambique, morreu em janeiro, enquanto estava detido pela polícia, suspeito de envolvimento em ataques armados na região.

Filipe Nyusi referiu que a situação não afeta as relações com a África do Sul.

"Os países não são pessoas e, por acaso, isso foi vincado", referiu, ao descrever o encontro com Cyril Ramaphosa, Presidente da África do Sul.

"Tem que se ver qual o motivo da morte", com procedimentos "científicos", acrescentou, realçando que "já houve uma autópsia feita em Moçambique" e que, se for o caso, deve ser feita outra na África do Sul.

"Todos nos solidarizamos com a família: ninguém deve morrer por causa de um problema que deve ser julgado", acrescentou.

Nyusi fez também alusão à detenção do ex-ministro das Finanças, Manuel Change, em Joanesburgo, capital sul-africana, a pedido da justiça dos EUA, mas sem acrescentar detalhes.

Durante a conversa, o presidente moçambicano diz ter explicitado "a intenção de Moçambique em relação a isso [à detenção]".

Nyusi e Ramaphosa também trocaram impressões sobre "a atuação de insurgentes no norte" de Moçambique, província de Cabo Delgado, acrescentou, dado que os ataques armados que ali tem ocorrido representam um tipo de ameaça transnacional.

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