Respondendo às preocupações sobre os "enormes acumulados de lixo em vários pontos da província", o diretor do gabinete do Ambiente, Gestão de Resíduos e Serviços Comunitários do Governo de Luanda, Tchino de Sousa, argumentou que o modelo de financiamento do sistema "não funcionou".

No entanto, de acordo com o responsável, a situação "está controlada" e deriva de um "atraso no pagamento de 10 meses às operadoras".

"Nem todos os munícipes pagam regularmente a taxa, temos uma dívida de aproximadamente 60.000 milhões de kwanzas e mensalmente arrecadamos cerca de 100 milhões de kwanzas (280 mil euros) valores insuficientes para cobrir as despesas das operadoras", explicou.

Segundo Tchino de Sousa, apesar das dificuldades operacionais, as empresas têm feito do seu papel de recolha e varredura, funcionando apenas com os "serviços mínimos", pedindo "compreensão e colaboração" dos munícipes na hora da deposição dos resíduos.

Nesta fase, salientou, "também precisamos que os munícipes nos ajudem na melhor acomodação do lixo" e respeitem os horários de colocação nos contentores.

A dívida para com as operadoras será liquidada "gradativamente".

Por sua vez, o assessor do vice-governador de Luanda para o setor económico, Antas Miguel, deu a conhecer que um novo modelo de recolha de lixo na capital angolana deve ser implementado, a partir de 2019.

"O novo modelo traz um regulamento com um conjunto de regras de cumprimento obrigatório de todos os atores desde os produtores de resíduos, prestadores de serviços e o poder público", disse.

"Vamos criar um modelo com sustentabilidade diferente, com novas formas de taxar e cobrar", apontou.

DYAS // PJA

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