"Sei que sou pequena, mas a vontade de mudar o rumo do país e recolocá-lo no percurso do progresso é tão forte que não me permite desistir", declarou Mabota, citada hoje pelo Notícias.

Mabota concorre pela Coligação Aliança Democrática (CAD) e formalizou a sua candidatura ao Conselho Constitucional na segunda-feira.

A ativista dos direitos humanos prometeu igualmente lutar pela "despartidatização" do Estado moçambicano, considerando que se assiste a um controlo das instituições públicas pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder desde a independência nacional em 1975.

Com esta candidatura, Alice Mabota torna-se a primeira mulher a concorrer às eleições presidenciais em Moçambique.

Alice Mabota é a ativista mais conhecida em Moçambique na luta pela promoção dos direitos humanos, tendo sido fundadora e primeira presidente da LDH, por mais de duas décadas.

As eleições presidenciais de 15 de outubro vão decorrer em simultâneo com as legislativas e para as assembleias provinciais, que pela primeira vez terão governadores eleitos e não nomeados, como acontece atualmente.

O sufrágio será o sexto na história de Moçambique, desde a introdução de uma Constituição multipartidária em 1990.

PMA // PJA

Lusa/Fim