Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,51%, para acabar nos 24.001,92 pontos.

Da mesma forma, o tecnológico Nasdaq valorizou 0,42%, para as 6.986,07 unidades, e o alargado S&P500 subiu 0,45%, para as 2.596,64.

Porém, os índices mais emblemáticos de Wall Street começaram a sessão no vermelho.

Mas, depois de um final de ano particularmente complicado, "o mercado acionista está desde o início de 2019 como que em cima de uma montanha russa, com tendência de curto prazo que é de subida", analisou Terry Sandven, responsável pela estratégia para o mercado acionista do U.S. Bank Wealth Management.

"Quando se aproxima a época da divulgação dos resultados trimestrais das empresas, esta volatilidade acrescida vai ser, sem dúvida, a norma e não a exceção", acrescentou.

Na opinião deste operador de mercado, os indicadores fundamentais da economia permanecem sólidos: mesmo que a um ritmo mais moderado, os lucros das empresas norte-americanas devem continuar a crescer em 2019, e a inflação a manter-se a um nível não problemático, enquanto as taxas de juro continuam baixas.

O aviso lançado pela cadeia retalhista Macy's, que reviu em baixa as suas previsões, devido à fraqueza das suas vendas antes do Natal, arrefeceu o entusiasmo dos investidores e provocou a queda da cotação do título em 17,69%.

Outras empresas relevantes da praça nova-iorquina também divulgaram vendas abaixo das suas expectativas no período de festas de fim de ano, como a Kohl's, que recuou 4,81%, e a American Airlines, que desvalorizou 4,13%.

O otimismo sobre as negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China arrefeceu um pouco, perante o continuado adiamento de resultados concretos, ao fim de dois dias e meio de discussões.

O encerramento parcial de serviços do governo federal, o designado 'shutdown', continuou pelo 20.º dia consecutivo, sem fim à vista, dado o desacordo entre democratas e a Casa Branca quanto ao financiamento de um muro na fronteira com o México.

Por outro lado, os índices bolsistas também estiveram sob a influência de um discurso do presidente do banco central norte-americano, a Reserva Federal, Jerome Powell.

Os comentários de Powell sobre a redução do ativo da instituição, que deve regressar "a um nível mais normal", nas suas palavras, provocaram, por instantes, a queda de Wall Street em terreno negativo.

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