Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average progrediu 0,79%, para os 28.132,05 pontos.

O tecnológico Nasdaq, por sua vez, avançou 0,73%, para as 8.717,32 unidades, e o alargado S&P500, avançou 0,86%, para as 3.168,57.

Os índices beneficiaram desde o início da sessão de uma mensagem colocada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na rede social Twitter, em que afirmou que Washington e Pequim estavam em vias de alcançar um acordo comercial.

Depois de se terem contraído, os índices bolsistas retomaram força na segunda parte da sessão, quando a agência noticiosa Bloomberg divulgou que os negociadores norte-americanos e chineses tinham chegado a um acordo, faltando apenas a aprovação do inquilino da Casa Branca.

"O elemento mais importante é, por um lado, que não vão existir mais taxas alfandegárias sobre as importações provenientes da China a partir de domingo e, cereja no topo de bolo, algumas taxas em vigor poderão vir a ser reduzidas", sublinhou Karl Haeling, da LBBW.

Washington e Pequim mantêm desde há cerca de dois anos um braço de ferro, que se traduz na imposição mútua de direitos alfandegários mútuos suplementares.

A Casa Branca tinha avisado que poderia aplicar desde domingo, dia 15, uma nova série de taxas alfandegárias agravadas em 10% sobre cerca de 160 mil milhões de dólares (143 mil milhões de euros) de importações provenientes da China, que ainda não estavam com cargas alfandegárias extraordinárias.

Porém, os investidores não embandeiraram em arco, o que levou a que a valorização dos índices não tivesse disparado, dado que "já foi anunciado por duas vezes a conclusão de um grande acordo, para dias depois ser anunciada uma marcha atrás", destacou Haeling.

Ainda sobre este assunto, salientou também que vai ser importante apreciar os pormenores, "não tanto para estimar as consequências económicas, mas para ver quais os equilíbrios políticos que permitiram" o acordo, caso se confirme.

"Quando estiver em curso, poder-se-á estimar a probabilidade de ser rompido e a de Trump decidir, dentro de 30, 60 ou 90 dias, voltar a impor taxas suplementares", relativizou.

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