Wall Street à deriva. Investidores temem subida dos juros

As bolsas norte-americanas fecharam mistas, num dia em que as negociações estiveram condicionadas pelos receios em torno da subida dos juros e das tensões entre os EUA e a Arábia Saudita.

Os bons resultados apresentados por algumas empresas norte-americanas não foram suficientes para dar ganhos a Wall Street na última sessão da semana. Dois dos principais índices fecharam com perdas, numa sessão em que a bolsa de Nova Iorque abriu em terreno positivo. No entanto, as negociações voltaram a estar condicionadas pelos receios em torno das tensões com a Arábia Saudita, da subida dos juros pela Fed e da crise em Itália.

Neste contexto, o S&P 500 fechou a cair 0,06%, para 2.767,23 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq recuou 0,50%, para 7.447,72 pontos. Já o industrial Dow Jones resistiu e fechou com ganhos de 0,23%, com o índice a cotar nos 25.439,09 pontos, num dia em que o petróleo valorizou 1,01% em Nova Iorque. O barril está a cotar nos 69,34 dólares.

Esta quinta-feira, as minutas da última reunião da Fed mostraram que os responsáveis estão confiantes de que ainda há margem para continuar a subir a taxa diretora no ano que vem, face aos receios em torno da subida da inflação. Este facto pressionou as negociações em Wall Street esta quinta e sexta-feira, assim como a escalada das tensões políticas entre os Estados Unidos e a Arábia Saudita, devido ao alegado assassinato do jornalista Jamal Khashoggi na Turquia. Soma-se aos receios a crise em torno do Orçamento do Estado italiano, que está em risco de ser rejeitado pela Comissão Europeia.

Todos estes fatores ofuscaram os ganhos apresentados por algumas empresas norte-americanas. É o caso da empresa de bens de consumo Procter & Gamble, que apresentou uma subida nas vendas no primeiro trimestre fiscal, um indicador da resiliência da economia dos Estados Unidos. A empresa valorizou 8,87% na sessão, para 87,36 dólares. Também a American Express surpreendeu os investidores, ao apresentar lucros acima das estimativas. Os títulos da companhia subiram 3,78%, para 196,73 dólares cada ação.

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