"Queremos que cada vez mais empresas moçambicanas participem no projeto Mozambique LNG, pois o desenvolvimento de conteúdo local é parte integrante do nosso modelo de negócios e responde às prioridades enunciadas pelo Governo de Moçambique e outras partes interessadas", disse Ronan Bescond, citado hoje numa nota de imprensas da Total.

O diretor-geral da Total falava durante um seminário "online", uma iniciativa que juntou mais de 100 empresas moçambicanas para partilhar oportunidades de negócios no projeto para exploração de gás liderado pela companhia francesa.

Entre as principais oportunidades para o empresariado local apresentadas no encontro, destaca-se o fornecimento de bens e serviços nas áreas de recrutamento e formação de recursos humanos, construção, tecnologias de informação e catering.

"O projeto dará maior preferência às empresas moçambicanas, mas elas deverão ser competitivas, preenchendo os requisitos do projeto em termos de planificação, qualidade, quantidade e custo", frisou Ronan Bescond, encorajando as empresas a adotarem parcerias para reforçar sua capacidade.

A Total lidera o consórcio que vai explorar em 2024 a Área 1 da bacia do Rovuma, norte de Moçambique, num investimento orçado em 23 mil milhões de dólares (21 mil milhões de euros).

Dados avançados pela Total indicam que o projeto já gastou cerca de 699 milhões de dólares (cerca de 620 milhões de euros) com mais de 300 empresas moçambicanas e espera adjudicar contratos de cerca de 2,5 mil milhões de dólares (2,2 mil milhões de euros) a empresas de capitais moçambicanos ou registadas no país.

O projeto será o primeiro empreendimento em terra de exploração de gás natural na bacia do Rovuma, constituído inicialmente por dois módulos com uma capacidade nominal de 13,12 milhões de toneladas por ano (mtpa).

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