O empresário terá sido raptado por três homens armados quando voltava da casa de um familiar, disse Leonel Muchina, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM).

"Efetuaram alguns disparos para persuadir a vítima a ceder", arrastaram-no para uma viatura e fugiram, referiu.

O empresário comercial de 54 anos estava a caminho de casa e terá sido raptado no bairro do Zimpeto, nos subúrbios da cidade de Maputo.

A PRM avançou que decorrem investigações, coordenadas com o Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic), para esclarecer o crime.

Números até agora avançados pelas autoridades moçambicanas indicam a ocorrência de 11 raptos no país (contando com este último de sexta-feira) desde o início do ano cujas vítimas são sempre empresários ou familiares.

Em outubro, um grupo de empresários na cidade da Beira, província de Sofala, centro de Moçambique, paralisou, por três dias as suas atividades em protesto contra a onda de raptos no país.

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), maior agremiação patronal do país, também já exigiu por diversas ocasiões um combate severo a este tipo de crime e até o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, já pediu mais medidas.

O Governo moçambicano prometeu, em novembro, um "combate enérgico" aos raptos, qualificando este tipo de crimes como "horrendos", tendo avançado que está a apostar no reforço da capacidade da polícia, dotando a corporação de meios mais modernos no combate aos raptos.

LYN // PJA

Lusa/Fim