Quatro estratégias para reduzir custos na sua empresa sem recorrer a cortes salariais ou despedimentos

Num contexto macroeconómico incerto, em que as empresas ainda ressentem os danos provocados pelo aumento da inflação e das taxas de juro, a administração das despesas e a preservação do capital humano são dois elementos cruciais para manter a vitalidade e contribuir para o crescimento de um negócio. Neste âmbito, a Expense Reduction Analysts, consultora portuguesa especializada em optimização de custos e gestão de compras, destaca quatro estratégias para reduzir despesas sem cortes salariais ou despedimentos.

Tome nota:

1. Avaliar os fornecedores

Estima-se que uma empresa média gaste cerca de 70% das suas receitas com fornecedores, pelo que realizar uma avaliação profunda à cadeia de abastecimento tem um papel chave na redução de custos. Não obstante, repensar e identificar oportunidades para economizar recursos financeiros não pode comprometer a qualidade e eficácia das operações e, consequentemente, dos produtos e serviços.

A avaliação consciente à relação com os fornecedores permite à empresa compreender se está a adquirir os recursos certos e indispensáveis para o negócio por um preço justo e no momento certo. Ter a perceção de um especialista externo que desafie a visão interna da empresa é uma mais-valia uma vez que irá identificar imparcial e objectivamente áreas de melhoria e propor soluções inovadoras para optimizar os custos de forma sustentável, bem como contribuir para a criação de valor a longo prazo para todos os agentes envolvidos na cadeia de abastecimento.

 

2. Optimizar e monitorizar processos

Optimizar processos é uma estratégia essencial para reduzir a despesa e ganhar vantagens competitivas. Ao identificar e corrigir falhas internas, as empresas conseguem operar de forma mais eficiente e ágil, adaptando-se mais facilmente aos desafios impostos pelo mercado. Em simultâneo, permite a entrega de produtos e/ou serviços com maior qualidade num espaço temporal mais curto, contribuindo para a sustentabilidade financeira do negócio.

Em paralelo, o acompanhamento regular dos processos adoptados é crucial para avaliar a sua eficácia. Uma cultura interna de melhoria contínua dentro da organização incentiva não só à inovação, mas também a capacidade de adaptação à mudança. Antecipar e considerar diferentes cenários permite preparar as organizações e fortalecer o negócio, tornando-o mais resiliente e mais eficaz. Apostar na optimização e monitorização dos processos não constitui apenas uma estratégia de redução de despesas no imediato, como estabelece bases sólidas para um crescimento sustentado a longo prazo.

 

3. Recorrer à Inteligência Artificial

Apesar de requerer não apenas investimento financeiro, mas também uma cultura organizacional que promova a colaboração, inovação e educação para os avanços tecnológicos, a adoção de novas tecnologias, nomeadamente a Inteligência Artificial (IA), deve fazer parte da estratégia de negócio por oferecer benefícios múltiplos em áreas-chave da empresa, trazendo vantagens competitivas, especialmente a quem investe nela mais cedo.

Na logística, os algoritmos possibilitam a optimização de rotas de entrega, reduzindo os custos de transporte e minimizando os tempos de entrega, garantindo uma distribuição mais eficiente dos produtos. Já no serviço ao cliente, os sistemas de IA (como chatbots e assistentes virtuais) podem contribuir para um melhor acompanhamento e uma maior satisfação dos clientes.

Além disso, esta tecnologia pode ser incorporada na customização de ofertas e monitorização de interações digitais, facilitando a identificação de padrões e tendências emergentes que, combinadas com uma análise ao comportamento do consumidor, permitem uma maior capacidade de adaptação ao mercado, isto é, às necessidades e expectativas dos consumidores e potenciais clientes. Desta forma, a IA optimiza processos, reduz encargos operacionais e impulsiona as vendas.

 


4. Apostar na cultura, benefícios e em formação contínua

A crescente importância do equilíbrio entre a vida profissional e pessoal exige que as empresas tenham de estar preparadas para responder às expectativas das novas gerações e, nessa jornada, beneficiar as mais experientes. E, se uma das principais dificuldades das organizações é a retenção e captação de talento, outra está relacionada com as capacidades técnicas dos colaboradores. Felizmente, há medidas que se podem implementar que contribuem para a resolução de ambas.

Apostar no desenvolvimento e bem-estar físico e psicológico dos colaboradores, nomeadamente em programas de formação contínua, oportunidades de crescimento profissional que reconheçam e distingam o desempenho e o mérito é indispensável. Este processo pode-se refletir em políticas de flexibilidade no trabalho, incentivos financeiros e não financeiros, mas também numa cultura organizacional estimulante e que dê primazia ao trabalho colaborativo, potenciando a inovação e a criatividade. O investimento em capital humano contribui para a felicidade dos colaboradores e, consequentemente, para a sua produtividade e a da empresa.

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