De acordo com dados oficiais publicados no portal do Fórum Macau, com base nas estatísticas dos Serviços de Alfândega chineses, Pequim vendeu aos países de língua portuguesa 17,85 mil milhões de dólares (15,04 mil milhões de euros), um decréscimo homólogo de 9,39%.

O valor total das trocas comerciais cifrou-se em 64,59 mil milhões de dólares (54,45 mil milhões de euros), uma diminuição de 7,9% em relação aos meses de janeiro a junho de 2019.

Angola foi o país lusófono com uma maior quebra nas trocas comerciais com o gigante asiático: 8,45 mil milhões de dólares (7,12 mil milhões de euros), menos 38% em relação aos seis primeiros meses de 2019.

O Brasil, que continua a ser de longe o país lusófono com o maior volume de trocas comerciais com a China (43,69 milhões de euros), vendeu a Pequim 37,58 mil milhões de dólares (31,68 mil milhões de euros) no primeiro semestre, mais 3,5% em termos homólogos.

Por outro lado, Pequim exportou para o Brasil 14,24 mil milhões de dólares (12 mil milhões de euros), uma quebra de 8,93% no primeiro semestre.

Depois do Brasil e Angola, Portugal é o terceiro país lusófono com maior valor de trocas comerciais com a China (3,08 mil milhões de dólares, 2,59 mil milhões de euros), ainda assim com uma diminuição de 5,96% em relação ao primeiro semestre de 2019.

Portugal exportou para a China, no primeiro semestre, produtos avaliados em 1,14 mil milhões de dólares (961 milhões de euros), mais 2,46% e importou mercadoria avaliada em 1,93 mil milhões de dólares (1,62 mil milhões de euros), menos 10,32%.

Contudo, se considerarmos apenas o mês de junho, as trocas comerciais entre Portugal e a China subiram 7,35%, fruto de um aumento exponencial de 77,14% das exportações de Lisboa para Pequim.

Moçambique, o quarto maior parceiro lusófono com a China, registou trocas comercias no primeiro semestre de 1,09 mil milhões de dólares (918 milhões de euros), menos 5,05% que no período homólogo de 2019.

Segue-se Timor-Leste (671 milhões de dólares), Cabo Verde (406 milhões de dólares), Guiné Bissau (234 milhões de dólares) e São Tomé e Príncipe (4,92 milhões de dólares), em trocas comerciais com a China.

A China estabeleceu a região administrativa Especial de Macau como plataforma para a cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum de Macau.

Este Fórum tem um secretariado permanente, reúne-se a nível ministerial a cada três anos e integra, além de um secretário-geral e de três secretários-gerais adjuntos, oito delegados dos países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste).

MIM // VM

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