Os médicos estão em greve desde o passado dia 21 de março e anunciaram uma série de manifestações contra a falta de condições de trabalho nos hospitais públicos, reivindicando igualmente aumentos salariais.

Esta é a segunda vez que os médicos saem a rua este mês, com o Sinmea a apelar também à participação dos utentes dos serviços e membros da sociedade civil.

Em declarações à Lusa, o secretário-geral do Sinmea garante que os protestos vão continuar aos fins de semana, abrangendo médicos de todo o país e "quem quiser juntar-se".

"Achamos que esta é uma medida de pressão importante por que a outra parte não quer negociar. Queremos despertar a sociedade", disse Pedro da Rosa.

Segundo o sindicalista, não existem atualmente quaisquer contactos com o Ministério da Saúde: "estamos à espera que nos contactem".

Pedro da Rosa adiantou que se espera um elevado nível de adesão, pois a mobilização estende-se "de Cabinda ao Cunene".

Disse também que ainda não foi posta em prática a medida de suspensão dos salários aos grevistas anunciada pelo Governo.

"Uma vez que estamos a exigir melhores condições de trabalho, então que usem esse dinheiro que nos vão subtrair para investir nos hospitais", sugeriu.

O sindicato, que na quinta-feira anunciou que apresentou uma queixa-crime contra dirigentes do Ministério da Saúde por violação do direito à greve, reclama melhoria das condições de trabalho, aumento salarial e implementação do seguro obrigatório para todos os trabalhadores do setor, entre outras reivindicações.

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