Justiça afasta portuguesa Pharol e Société Mondiale do conselho da Oi

A decisão surge depois de o Ministério Público ter pedido a retirada dos direitos políticos dos acionistas que participaram na assembleia extraordinária convocada pela Pharol e feita à revelia da Oi.

A Pharol e a Société Mondiale, de Nelson Tanure, têm a sua posição no conselho de administração da Oi suspensa. Tal resulta de uma decisão da justiça brasileira que acatou o pedido feito pelo Ministério Público que pedia a retirada dos direitos políticos dos acionistas que participaram na assembleia extraordinária ocorrida a 7 de fevereiro, informa a Pharol em comunicado enviado à CMVM.

Aquela assembleia de acionistas foi convocada pela Pharol, dona de cerca de 27% do capital social da Oi, e contou com participação de parte dos minoritários, entre os quais, o fundo Société Mondiale, de Nelson Tanure. A assembleia decorreu apesar da oposição demonstrada pela Oi que a tinha decidido cancelar.

No comunicado publicado no site da Comissão do Mercado de valores Mobiliários (CMVM), a Oi informa agora que, “acolhendo integralmente parecer do Ministério Público, suspendeu os direitos políticos dos subscritores da ata da Assembleia Geral Extraordinária de 07 de fevereiro de 2018, à exceção daqueles que se abstiveram de votar, e determinou o afastamento dos membros do Conselho de Administração por eles eleitos/indicados, até a realização do aumento de capital previsto no plano de recuperação judicial da Companhia”.

“Por conta da decisão, os acionistas Bratel S.À.R.L., Société Mondiale Fundo de Investimento em Ações, Petrorio S.A. e Aurélio Valporto, entre outros, têm seus direitos suspensos e, consequentemente, os membros do Conselho de Administração por eles eleitos/indicados, os Srs. Luis Maria Viana Palha da Silva, Pedro Zañartu Gubert Morais Leitão e Helio Calixto da Costa, são afastados dos seus cargos”, determina assim a Oi.

As ações da Pharol seguem em queda na bolsa nacional. A empresa liderada por Palha da Silva é o título mais penalizado do PSI-20, registando uma desvalorização de 3,30%, para os 20,50 cêntimos.

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