Juros da dívida castigam Wall Street mas fechou com ganho muito ligeiro

Juros da dívida em máximos deixa os investidores preocupados com os lucros das empresas. Mas Wall Street conseguiu fechar em terreno positivo, mas por muito pouco.

A taxa de juro da dívida norte-americana a dez anos voltou a superar esta quarta-feira a barreira psicológica dos 3%, um máximo desde janeiro de 2014, alimentando as preocupações dos investidores de que uma escalada dos custos possa minar os lucros das empresas. Wall Street quase não resistia, mas acabou por fechar no verde, por uma unha negra.

O S&P500 terminou a sessão a ganhar 0,18% para os 2.639,40 pontos e o industrial Dow Jones fechou no verde a ganhar 0,25% para os 24.083,83 pontos, um desempenho que não sido alheio, por exemplo ao bom desempenho da Boeing. Em sentido contrário, o índice tecnológico, o Nasdaq, fechou com uma queda de 0,052% para os 7.003,74.

A yield a dez anos ultrapassou novamente a barreira dos 3%, para os 3,033%, tal como aconteceu na terça-feira. Esta escalada não acontecia há quatro anos, altura em a yield da dívida chegou aos 3,041%, e se assistiu a um sell off nos índices mundiais. Por agora, os investidores estão a vender cada vez mais dívida norte-americana com medo de um aumento dos custos do financiamento do Estado norte-americano.

Os investidores podem assim estar a optar por colocar o seu dinheiro em ativos de rendimento fixo mais seguros, deixando para trás ativos mais arriscados como as ações e os mercados emergentes, à medida que a Reserva Federal continua na senda de aumentar a taxa diretora.

“Estamos a assistir a alguns sinais de inflação. Estas coisas são muito negativas para as obrigações”, sublinhou Don Ellenberger, responsável pelas estratégias multisetor na Federated Investors em Pittsburgh, citado pela Reuters.

O desempenho de Wall Street também acabou por beneficiar do comportamento de empresas como a Boeing, cujas ações chegaram a subir 4%, depois de ter apresentado resultados trimestrais fortes. Esta valorização dos títulos da fabricante de aviões acabou depois por abrandar.

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