Guerra faz com que bancos centrais tripliquem compra de onças de ouro

Os bancos centrais em todo o mundo triplicaram as suas compras de ouro desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. O aumento dessas aquisições tem sido liderado por mercados emergentes, impulsionado por receios de choques geopolíticos e financeiros.

De acordo com uma análise do Goldman Sachs, as compras dos bancos centrais explicam o aumento da procura global de ouro desde meados de 2022, enquanto a procura por joalharia permaneceu estável e a procura por investimento até diminuiu, revela o ‘Negócios’.

Desde então, as compras totais globais dispararam para 10 milhões de onças por trimestre, três vezes mais do que a média anterior à invasão. Embora a maioria dessas compras não seja comunicada, seis países – China, Polónia, Turquia, Singapura, Índia e Qatar – foram responsáveis por todas as compras líquidas comunicadas desde meados de 2022.

O Goldman Sachs estima que ainda há espaço para mais aquisições, prevendo um “potencial significativo” de aumento dos preços do ouro decorrente de novos choques geopolíticos ou financeiros, impulsionados pelo aumento das compras dos bancos centrais.

Os analistas do banco de investimento projetam que o ouro atingirá os 2.700 dólares por tonelada até o final do ano, com a possibilidade de aumentar para 3.130 dólares por tonelada em caso de aumento das sanções financeiras dos EUA ou do agravamento dos spreads dos CDS dos EUA.