O documento foi rubricado pelo ministro das Obras Públicas, Infraestruturas, Recursos Naturais e Ambiente, Osvaldo Abreu, e o embaixador chinês em São Tomé, Wang Wei.

"Este é o resultado de anos de trabalho, é o resultado da excelente cooperação entre a China e São Tomé e Príncipe. O Governo chinês tem levado muito sério a cooperação com São Tomé e Príncipe, por isso, os esforços das duas partes levaram à assinatura hoje desse acordo", disse o diplomata chinês.

O diplomata lembrou que "as grandes obras têm a lógica, procedimento e trâmites", prometendo todos os esforços "para encurtar esses trâmites", mas pedindo também "alguma paciência em relação à demora".

Wang Wei sublinhou que houve "dificuldades colocadas inesperadamente" no arranque das obras, mas garantiu que as partes vão procurar "superar essas dificuldades e levar a um ponto que nós todos desejamos", embora reconheça que "as obras de grande dimensão são mais complicadas, por isso precisam de tempo".

O embaixador considerou que a assinatura deste acordo constitui "um passo firme rumo à realização do sonho dos são-tomenses".

O ministro das Obras Públicas, Infraestruturas, Recursos Naturais e Ambiente referiu que, no final das obras, o aeroporto internacional de São Tomé "terá infraestruturas modernas e com a dimensão capaz de acolher aeronaves de grande porte, o que neste momento não é possível".

Prometeu "trabalho conjunto" com a parte chinesa para a concretização "o mais breve possível deste projeto", cuja execução, de acordo com o governante, tem várias fases.

Não foi avançada o valor das obras, nem a data do arranque e o tempo de execução.

Em meados de abril do ano passado, o adido comercial da embaixada da China havia garantido que a execução destas obras poderão demorar até quatro anos.

"O nosso Governo já tem financiamento garantido e um projeto desta dimensão vai durar um pouco, talvez quatro anos porque a sua execução vai ser em simultâneo com o tráfico normal", disse Gao Giabao.

O projeto abrange o alongamento da pista em mais 600 metros, sendo 300 para terra e outros 300 para o mar.

O Governo são-tomense pretende que a conclusão das obras ocorra "o mais rapidamente possível" devido à sua natureza estratégica para a economia do país.

"É uma infraestrutura importantíssima para a base da nossa economia que é o turismo e os serviços aeroportuários são principais e fundamentais", lembrou Osvaldo Abreu.

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Lusa/fim