"Moçambique alcançou grandes taxas de crescimento na agricultura, à volta de 7% ao ano, mas cerca de 48% da população continua mergulhada na pobreza", afirmou o ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural.

Celso Correia divulgou os planos do executivo moçambicano, falando durante um encontro de balanço do projeto Sustenta, o plano de apoio ao desenvolvimento da agricultura no país.

A prevalência de altas taxas de pobreza no campo obriga a uma reflexão sobre a eficácia das políticas na agricultura, acrescentou Celso Correia.

"Estamos conscientes de que o desafio do desenvolvimento não é compatível com a expetativa de resultados imediatos", sublinhou o governante.

A transformação do ciclo produtivo na agricultura com um impacto estrutural, prosseguiu, deve ser consistente e ao longo do tempo.

O representante do Banco Mundial em Moçambique, Mark Lundell, assinalou na ocasião que o Sustenta deve manter uma abordagem multissetorial, congregando investimentos de várias fontes e setores.

"Muitos países enfrentam o desafio do desenvolvimento rural de várias formas, mas um princípio comum para todos os países é a coordenação entre vários parceiros", declarou Mark Lundell.

O Sustenta foi lançado em 2017 pelo chefe de Estado moçambicano, com um apoio de 16 mil milhões de meticais (216 milhões de euros) do Banco Mundial e está a ser implementado em dez distritos das províncias de Nampula e Zambézia.

Como forma de resistir aos altos índices de pobreza e à desnutrição crónica, a maior parte da população moçambicana, que vive em zonas rurais, recorre à agricultura de subsistência como único meio de sobrevivência.

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