Entre os mortos do ataque em França não estão portugueses

  • Lusa e ECO
  • 24 Março 2018

Português está hospitalizado em estado grave. O ataque no sul de França provocou quatro mortos, incluindo o atacante, que foi abatido pelas autoridades e 16 feridos.

O secretário de Estado das Comunidades esclareceu que o português dado como morto no atentado terrorista em França afinal está vivo e hospitalizado em estado grave, tendo-se tratado de uma informação errada das autoridades francesas. Ao final da manhã deste sábado, acrescentou ainda que o jovem está em “coma induzido” com “uma bala alojada no cérebro”.

“Trata-se de uma vítima portuguesa que está gravemente ferida no hospital”, disse José Luís Carneiro, adiantando que, “felizmente, não pereceu neste ataque terrorista”.

Trata-se de uma vítima portuguesa que está gravemente ferida no hospital [que], felizmente, não pereceu neste ataque terrorista.

José Luís Carneiro

Secretário de Estado das Comunidades

Em declarações transmitidas pela SIC Notícias a partir de Perpignan (França), o governante revelou ainda que o jovem português está em “coma induzido” com uma “bala alojada no cérebro”. “Tem uma situação muito reservada. Tem uma bala alojada no cérebro. Irá continuar assim nos próximos dias”, acrescentou.

No final da tarde de sexta-feira, o secretário de Estado tinha dado a informação de que um cidadão de nacionalidade portuguesa estava entre os mortos no ataque terrorista, por assim ter sido informado pelas autoridades.

Esta informação, explicou, não estava correta, tendo resultado de um erro de comunicação das autoridades francesas com os serviços consulares de Toulose. “Lamentamos este erro e o sofrimento que também causou a todos nós, aos amigos e familiares”, frisou, adiantando que já falou com o pai do português, a quem transmitiu solidariedade e apoio.

A mãe do português baleado já tinha afirmado à Lusa que o filho estava hospitalizado em estado grave e que o morto no carro onde os dois viajavam era de nacionalidade francesa.

 

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, vai ficar em França para acompanhar a situação. ANDRÉ KOSTERS/LUSAANDRÉ KOSTERS/LUSA

O secretário de Estado disse ainda à Lusa que decidiu ficar em França para acompanhar a situação, reunindo-se com a família do português na manhã de sábado para manifestar toda a disponibilidade para os apoiar e reunir com as autoridades hospitalares.

Os ataques ocorreram em Carcassonne e Trèbes, no sul de França e provocaram quatro mortos, incluindo o atacante, que foi abatido pelas autoridades, 16 feridos, dos quais dois graves, segundo o Presidente, Emmanuel Macron. Redouane Lakdim, 26 anos, sequestrou trabalhadores e clientes num supermercado de Trèbes, afirmando agir em nome do grupo extremista Estado Islâmico.

Antes, o atacante roubou um automóvel em Carcassonne e, no caminho para Trèbes, disparou seis tiros contra um grupo de quatro polícias, ferindo um deles, sem gravidade, segundo fontes próximas da investigação. O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou os ataques, divulgou a agência de propaganda dos ‘jihadistas’, Amaq.

“O homem que lançou o ataque de Trèbes no sul de França é um soldado do Estado Islâmico, que agiu em resposta ao apelo” do grupo “para atacar países membros da coligação” internacional que combate os ‘jihadistas’, lê-se no comunicado.

(Notícia atualizada às 12h38 com informação do estado clínico do português)

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