"O défice das Administrações Públicas até agosto atingiu os 6.878 milhões de euros em contabilidade pública, agravando-se em 550 milhões de euros face ao período homólogo em resultado do crescimento da despesa (5,1%) ter sido superior ao observado na receita (4,7%)", de acordo com um comunicado do Ministério das Finanças divulgado em 27 de setembro.

Já a Síntese da Execução Orçamental, divulgada posteriormente pela DGO, indicava que a receita fiscal do Estado aumentou em 215,8 milhões de euros até agosto, face a igual período do ano passado, para 27.223,8 milhões de euros.

A subida homóloga da receita fiscal observada até agosto assenta sobretudo na evolução dos impostos diretos, designadamente do IRS e do IRC.

De acordo com o mesmo documento, a pandemia de covid-19 custou ao Estado 5.139,5 milhões de euros até agosto, devido ao aumento da despesa de 4.657,9 milhões de euros e redução de receita de 481,6 milhões.

Já os pagamentos em atraso das entidades públicas aumentaram em 67,3 milhões de euros até agosto, face ao período homólogo, para 623,7 milhões de euros.

Quanto às cativações, cujos dados estão contabilizados até julho, os dados da DGO indicam que o Ministério das Finanças descativou 228,4 milhões de euros dos 1.014,7 milhões de cativos e reserva iniciais previstos.

Por outro lado, Segurança Social registou um excedente de 49,5 milhões de euros em agosto, que compara com um défice de 85,9 milhões de euros no mesmo período do ano passado, segundo a síntese de execução orçamental divulgada hoje pela DGO.

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