A Comissão Europeia autorizou a compra da U.S. Steel pela japonesa Nippon Steel Corporation, cinco meses depois de a siderúrgica japonesa ter vencido o leilão para a aquisição da congénere norte-americana.
De acordo com a “Reuters”, esperava-se que o aval dos reguladores antitrust (práticas anticoncorrenciais) da UE à operação de 14,9 mil milhões de dólares (cerca de 13,80 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual) se limitasse a uma formalidade pendente, mas a posição dos legisladores norte-americanos conta outra história.
Nos Estados Unidos, a operação encontra resistência da parte de vários legisladores, que levantam preocupações relacionadas com a segurança nacional, bem como do sindicato da U.S. Steel, que tem manifestado receios quanto a uma eventual redução dos postos de trabalho.
Contudo, apesar da oposição crescente, uma esmagadora maioria dos acionistas da U.S. Steel votou a favor do negócio em abril.
“A Comissão concluiu que a operação notificada não suscitava preocupações em matéria de concorrência, dadas as limitadas posições de mercado das empresas resultantes da operação proposta. A operação notificada foi examinada no âmbito do procedimento simplificado de análise das concentrações”, refere a instituição da União Europeia (UE) numa nota de imprensa.
Segundo a “Reuters”, com a aquisição da U.S. Steel, a Nippon deverá atingir cem milhões de toneladas métricas de capacidade global de aço bruto.
A siderúrgica fundada por John Pierpont Morgan, Andrew Carnegie e Charles Schwab foi adquirida pela Nippon Steel, considerada a quarta maior siderúrgica do mundo, em dezembro do ano passado, prevalecendo sobre as concorrentes Cleveland-Cliffs, ArcelorMittal e Nucor.
Na altura, a empresa japonesa colocou em cima da mesa 55 dólares por ação, o que representa um prémio de 142% e supera largamente outra oferta de 35 dólares por ação.
A empresa espera que o negócio seja concluído no segundo semestre deste ano.
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