"Temos de continuar a avançar em direção a um Mercosul mais pequeno e mais eficiente", declarou o líder brasileiro perante os presidentes da Argentina, Mauricio Macri, e Paraguai, Mario Abdo Benítez, e a vice-presidente uruguaia, Lucía Topolansky.

Bolsonaro reviu as medidas adotadas pelo Brasil desde que assumiu o poder, no passado dia 01 de janeiro, e deu a entender que o caminho liberal tomado pelo seu Governo deve marcar também o rumo do bloco integrado pelos quatro países.

Nesse contexto, criticou as "taxas excessivas" que existem no bloco, em referência à Tarifa Externa Comum (TEC), que o Brasil propôs reduzir ou mesmo eliminar, com a complacência dos Governos conservadores da Argentina e Paraguai.

No entanto, essa proposta pode ser contestada pelo Presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, que vai assumir o cargo no próximo dia 10 de dezembro.

Sem deixar lugar a dúvidas, Bolsonaro insistiu na questão tarifária e garantiu que as "taxas excessivas afetam quem produz e a competitividade" dos países, que "não podem aceitar retrocessos ideológicos" que possam dificultar o caminho para o comércio livre.

Bolsonaro também 'piscou o olho' ao Uruguai e Paraguai, as economias menos pujantes da organização, anunciando que o Brasil vai contribuir com 12 milhões de reais (cerca de 2,5 milhões de euros) para o Fundo Estrutural para a Convergência do Mercosul (Focem).

A cimeira, na qual o Paraguai vai receber do Brasil a presidência temporária do bloco, decorre na cidade de Bento Gonçalves, no Estado do Rio Grande do Sul, e foi precedida por reuniões técnicas e de ministros das Relações Exteriores.

Nessas reuniões, o Paraguai anunciou precisamente que um dos objetivos da sua presidência bianual é fortalecer o Focem, a fim de acelerar o processo de redução de assimetrias entre as economias do Paraguai e Uruguai e a dos mais poderosos Brasil e Argentina.

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