"Após uma análise meticulosa", esta fusão "não iria criar ganhos suficientes para compensar os riscos, os custos de reestruturação e os requisitos de capital necessários para tal integração", consideraram os dois maiores bancos alemães.

Para ambos, esta fusão "não interessaria aos acionistas das duas empresas nem a outros grupos de interessados".

As discussões para a fusão entre o Deutsche Bank e o Commerzbank foram encorajadas pelo Estado alemão, que detém 15% do Commerzbank desde o resgate na crise financeira, que queria reforçar o setor bancário, criar um grande grupo que apoie a nova política industrial do país e evitar que um dos bancos fosse adquirido por uma instituição estrangeira.

A imprensa tem falado que o italiano Unicredit e o holandês ING, dois gigantes bancários fortemente estabelecidos na Alemanha, são potenciais compradores do Commerzbank.

A fragilidade do Deutsche Bank tem sido muito falada nos últimos tempos. Em 2018, o banco voltou aos lucros após três anos de prejuízos, mas persistem vários problemas de sustentabilidade e legais, o que é muito sensível devido aos riscos sistémicos que este banco pode potenciar.

A fusão eventual - hoje abandonada - iria dar origem, segundo estimativas de março da agência financeira Bloomberg, ao terceiro maior banco da Europa, depois do HSBC e do BNP Paribas, com cerca de 1,8 mil milhões de euros em ativos, um valor de mercado de cerca de 25 mil milhões de euros e 140 mil funcionários.

IM (MC/ICO)// JPS

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