"Dados os recentes ataques terroristas do Al-Shebab no Quénia, a atual instabilidade no Zimbabué e as eleições nas duas maiores economias africanas, os investidores estão a fazer uma pausa quando olham para a região, mas Angola está a sobressair como um ponto brilhante onde, após anos de crise económica, uma recuperação em 2019 está no horizonte", diz a analista.

Num artigo publicado no site do 'think tank' norte-americano Atlantic Council, esta analista sénior do Departamento Africano, e antiga assistente da secretária de Estado Madeleine Albright, considera que as reformas económicas em curso em Angola estão a dar resultado.

"O programa [de reformas] já levou a progressos significativos, incluindo uma nova lei que permite aos investidores internacionais investirem em Angola sem precisarem de um parceiro local, como dantes, e a revogação de um sistema de câmbio fixo, que procura eliminar a diferença entre a taxa de câmbio oficial e a do mercado negro", escreve Aubrey Hruby.

Além da criação de um regulador petrolífero, o artigo dá ainda conta da "campanha para combater a corrupção que cresceu desmesuradamente durante os mandatos de José Eduardo dos Santos e para reconstruir a economia do país".

As reformas, conclui o artigo, "parecem estar a aliviar os problemas económicos de Angola, que assim terá mais oportunidades para o investimento estrangeiro, não apenas no petróleo e gás, mas em setores em crescimento como o turismo e a agricultura".

MBA // VM

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