Representantes dos 193 Estados-membros da ONU chegaram a "um acordo histórico sobre uma ambiciosa meta coletiva de longo prazo de zero emissões de carbono até 2050", anunciou a ICAO na rede social Twitter.

"É um excelente resultado", disse à agência France Press uma fonte diplomática europeia, que especificou que "apenas quatro países, incluindo a China, manifestaram reservas".

O transporte aéreo tem estado em destaque pelo seu papel na crise climática.

Responsável por 2,5 a 3% das emissões globais de CO2, o setor tem mostrado dificuldades em mudar para as energias renováveis, mesmo que a indústria aeronáutica e as empresas de energia estejam a trabalhar fortemente para isso.

Após o anúncio do acordo, o Conselho Internacional de Aeroportos da Europa (ACI Europe, na sigla em inglês), saudou o compromisso e pediu que sejam enviadas diretrizes aos Estados, para que implementem o acordo.

"O compromisso global da ICAO (...) é um marco importante para a indústria e para o clima. A ambição da indústria está agora finalmente a ser cumprida a nível político e a nível global. Agora precisamos que a ICAO trabalhe urgentemente em políticas e ações concretas de implementação -- orientando os Estados em todo o mundo para a entrega e apoiando a indústria na transição", disse o diretor-geral da ACI Europe, Olivier Jankovec, citado em comunicado.

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