Em causa estão os primeiros dois pontos da ordem de trabalhos da reunião anual, que começou pelas 15:15, isto é, a deliberação sobre as contas de 2018, ano em que o lucro caiu 53% para os 519 milhões de euros, e a aplicação dos resultados, que mantém o dividendo dos acionistas nos 19 cêntimos.
Os acionistas aprovaram, com 99,5% do capital presente, a prestação do conselho de administração executivo, liderado por António Mexia, e com 99,41% presente a do Conselho Geral e de Supervisão, que é há um ano presidido por Luís Amado.
A assembleia-geral de acionistas da EDP de hoje é determinante para o futuro da oferta pública de aquisição (OPA) da China Three Gorges (CTG) sobre a elétrica.
No ponto nove, o último da ordem do dia, os acionistas da EDP têm que se pronunciar sobre a alteração dos estatutos da sociedade para acabar com a limitação dos direitos de voto a 25% do capital.
A introdução deste ponto na assembleia anual de acionistas por proposta do fundo Elliott, que detém 2,01% do capital da EDP, prevê que, "caso a deliberação não obtenha uma maioria qualificada de dois terços dos acionistas presentes na assembleia-geral anual [...], o limite de voto permanecerá em vigor".
"Tal resultado deve não só permitir o fim imediato da oferta na sua forma atual, como também proporcionar à sociedade a certeza necessária para planear o futuro", sublinha o fundo na proposta de adenda que foi aceite pelo vice-presidente da mesa da assembleia-geral, Rui Medeiros, em 01 de abril.
Na segunda-feira, a CTG esclareceu que se mantêm em vigor todas as condições da OPA, incluindo a desblindagem de estatutos, pelo que sem 'luz verde' a operação não avança.
Será ainda votado o gestor Luís Palha da Silva para ocupar o cargo de presidente da mesa da assembleia-geral da EDP até 2020, substituindo António Vitorino, que renunciou ao cargo no ano passado.
A OPA à EDP pela CTG, empresa estatal chinesa que já detém 23,27% da elétrica portuguesa, foi anunciada em maio de 2018 e prevê uma contrapartida de 3,26 euros por ação.
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