"Vou pedir, agora mais do que nunca, a toda a massa adepta, a toda a estrutura, a todas as pessoas amigas do Tondela, a toda a estrutura que sempre me acompanhou e continua a acompanhar, que, se ajudaram até aqui, se estiveram presentes, agora escrevam o seu nome com letras todas maiúsculas, porque vamos novamente à luta", apelou Gilberto Coimbra.

O presidente do Clube Desportivo do Tondela (CDT) falava hoje no salão nobre da Câmara Municipal de Tondela, onde a presidente, Carla Antunes Borges, e o restante executivo, recebeu toda a estrutura do clube para os homenagear por terem chegado à final da Taça de Portugal e pelos sete anos consecutivos na I Liga de futebol.

"Vamos ajudar a estar na luta, e a massa adepta vai estar connosco, e todos os sócios. Se agora são mil, têm de ser dois, três ou quatro ou cinco mil, por forma a pormos novamente o clube na I Liga", continuou o presidente.

Gilberto Coimbra reconheceu que, "desta vez calhou ao Tondela" e lembrou que, "muita vez disse" que o clube "fazia o campeonato do sofrimento", tendo em conta que só assegurava a manutenção no final do campeonato e lamentou "não ter nenhum Cristiano Ronaldo" no plantel, mas deixando claro que "o clube nunca deu um passo maior que as pernas".

O presidente do clube admitiu que tem na terça-feira uma reunião com o presidente da SAD, David Belenguer, para começar a preparar a próxima época, uma vez que quer o Tondela "rapidamente, e de preferência no próximo ano," de volta na I Liga.

"Predispus-me a ajudar naquilo que fosse preciso, para que o regresso à I Liga, para o futebol maior, seja rápida, seja, se possível, no ano imediato, porque um, dois, três anos na II Liga, deixa de ser um clube da primeira e passa a ser um clube da segunda, e torna-se cada vez mais difícil", defendeu.

Na receção ao clube, por parte do executivo municipal, não faltaram ainda palavras de agradecimentos mútuos pelo "apoio e orgulho", numa cerimónia que a autarca disse ser uma forma de "retribuir aquilo que o CDT tem feito, por Tondela, pelos cidadãos, mas também por uma região, a região Centro, a região beirã".

"Agradecer pelo facto de, todos os dias, levar o nome de Tondela para fora de portas e também permitir que a nível nacional e a nível internacional possam conhecer Tondela, os seus cidadãos e que ao verem o nome de Tondela tenham sempre vontade de visitar Tondela e, melhor, conhecer Tondela", considerou.

Carla Antunes Borges reconheceu que o Tondela "é um dos embaixadores" das gentes da região, "do núcleo empresarial, das associações e das pessoas e, acima de tudo, dos valores" que disse serem defendidos.

"Os valores de competitividade, da perseverança, de nunca desistir, de nunca baixar os braços e, acima de tudo, orgulharmo-nos por aquilo que somos e por aquilo que representamos", defendeu.

Por seu lado, o capitão a equipa João Pedro, disse que os atletas do Tondela "sentiram e representaram sempre com orgulho" o clube, por onde passaram, deixando também uma palavra elogiosa para com os adeptos, "que, ao longo dos anos, sempre tiveram um comportamento exemplar".

"Ainda ontem [domingo], no Jamor, na festa que fizeram, tiveram um enorme 'fair-play', porque nunca houve em lado nenhum, nunca se ouviu, que os nossos adeptos tenham criado mau estar ou mau ambiente em lado nenhum, e isso também é um motivo de orgulho para o clube, para a cidade e para a região", reconheceu.

Orgulho foi também uma palavra bastante usada pelo treinador Nuno Campos, que não poupou elogios às instituições, aos jogadores, aos adeptos e "a todas as pessoas" e, por isso, e "independentemente do futuro", assumiu que a partir de agora vai "festejar sempre todas as vitórias do Tondela".

O executivo presenteou todos os elementos do clube com uma salva onde escreveu que "o município reconhece todo o trabalho, dedicação e emprenho do CDT" e que "a presença na final da Taça de Portugal foi um momento memorável para o concelho e região de Tondela".

Em troca, o CDT ofereceu à autarquia tondelense uma camisola e uma bola oficial assinada por todos os atletas.

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