O Ministério Público está a levar a cabo buscas na sede da SAD do FC Porto e a casas de vários empresários ligados ao futebol e que normalmente trabalham próximo dos 'dragões', casos de Pedro Pinho e Alexandre Pinto da Costa, filho do presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa.

A notícia está a ser avançada pela revista 'Sábado', que acrescenta que causa estarão suspeitas de fraude, abuso de confiança e branqueamento de capitais relativas à investigação da 'Operação Cartão Vermelho'.

De acordo com a TVI24, também foram realizadas buscas na casa de Pinto da Costa. As diligências foram lideradas pelo procurador Rosário Teixeira, com uma equipa de três inspetores da Autoridade Tributária.

De acordo com a 'Sábado', um dos negócios de jogadores em análise será o da compra e venda de Éder Militão, contratado pelo FC Porto ao São Paulo e posteriormente transferido para o Real Madrid, onde ainda atua.

Segundo a 'Sábado', do processo constam também indícios de negócios suspeitos que estarão a ser feitos com o conhecimento ou mesmo cobertura de parte da estrutura dirigente da SAD portista, nomeadamente do seu presidente, Pinto da Costa, e dos administradores Fernando Gomes e Adelino Caldeira. Em causa poderá estar, ente outros, um contrato de intermediação com o empresário Pedro Pinho avaliado em 6 milhões de euros, uma intermediação alegadamente não registada no contrato principal, mas apenas num outro contrato paralelo ao negócio.

A 'Sábado' acrescenta que o Ministério Público e a Autoridade Tributária montaram uma apertada vigilância aos referidos dirigentes, em virtude de uma eventual falsificação das contas da SAD do FC Porto.

Também a SIC Notícias dá conta destas buscas, afirmando que estarão ainda a ser investigadas suspeitas com contratos com a Altice para as transmissões dos jogos de futebol do FC Porto.

Diz aquele canal televisivo que no interior do estádio se encontram cinco elementos da PSP, que deverão acompanhar os inspetores da autoridade tributária neste processo.

A investigação está, adianta ainda a SIC Notícias, a ser conduzida pelo procurador Rosário Teixeira e pelo inspetor tributário Paulo Silva, não tendo para já o FC Porto confirmado a realização das referidas buscas ao seu estádio.

Sobre este negócio, avança a TVI24 que "Alexandre Pinto da Costa é suspeito do recebimento de luvas milionárias, e não declaradas ao Fisco, no mundo do futebol. Em causa estão transferências de jogadores do FC Porto, clube e Sociedade Anónima Desportiva presididos por Jorge Nuno Pinto da Costa, pai de Alexandre. Além de transferências, estão também em causa suspeitas em torno de 2,5 milhões de comissões alegadamente recebidas num negócio de 500 milhões de euros relacionado com a venda dos direitos de transmissão televisivos do clube azul e branco à então Portugal Telecom, atual Altice".

A venda dos direitos dos jogos da equipa principal do FC Porto até 2027 foi fechado em 2016 com a então PT. O negócio de 500 milhões de euros foi intermediado pela BM Consulting, de Bruno Macedo, diz a TVI24.

A mesma fonte avança ainda o negócio gerou comissões na ordem dos 20 milhões de euros. Desse montante, 2,5 milhões saíram para Alexandre Pinto da Costa, filho do presidente do FC Porto, através de Pedro Pinho, ligado a Bruno Macedo.

*Artigo atualizado