Um dia depois de ter sido 11.º no Grande Prémio de San Marino, Miguel Oliveira (Aprilia) terminou o teste de segunda-feira de MotoGP, no Circuito Marco Simoncelli, na 17.ª posição, num dia em que a Yamaha, moto que pilotará em 2025, mostrou evolução na pista de Misano.
Oliveira concluiu a sessão com de 1.31,973 m, a 1,354s do bicampeão Francesco Bagnaia (Ducati), que havia sido 2.º na 13.º prova do campeonato. Franco Morbidelli (Ducati) foi o segundo mais rápido, a 0,161 segundos de Pecco, com o também italiano Enea Bastianini (Ducati) em terceiro, a 0,205.
Já o francês Fábio Quartararo, levou a Yamaha ao quinto tempo, a 0,444s de Bagnaia. Bom indicador para Miguel Oliveira projetar a próxima temporada.
O português rodou 76 voltas, procurando melhorar as afinações da mota que utilizará até ao final da época, com a equipa a relatar «melhorias na eletrónica» e no equilíbrio, para além de ter treinado o procedimento de partidas, tendo utilizado os novos pneus da Michelin.
«Tivemos um início lento de manhã, devido às condições da pista, mas, depois, fizemos bastante trabalho, reunimos informação importante, sobretudo a pensar na próxima corrida aqui [GP da Emilia Romagna, a 22 de setembro]», explicou Oliveira.
O piloto luso sublinhou que «nem tudo o que foi testado foi positivo», mas permitiu dar à equipa «uma ideia da direção a seguir».
«Testámos algumas coisas novas no travão-motor e um pouco de eletrónica para nos ajudar a ser mais consistentes. E, basicamente, foi isso», frisou. Miguel admite que «nem tudo são sorrisos», pois ambicionava «conseguir mais desempenho hoje», mas acredita que isso acontecerá «no momento certo, que é no próximo fim de semana de corridas», concluiu.
Na parte da manhã, Miguel Oliveira tinha sido 14.º, a 1,058s do espanhol Jorge Martin (Ducati), rodando em 1.32,182m. O melhor tempo que fez hoje ficou atrás dos realizados nos treinos cronometrados de sexta-feira e da própria qualificação de sábado (1.31,543m).
Em Misano as equipas testaram também um novo sistema de rádio que os promotores do campeonato querem introduzir e que vai permitir aos pilotos comunicarem com as boxes, à semelhança do que acontece na Fórmula 1, de forma a que as comunicações fiquem acessíveis aos espetadores.
A KTM testou uma mota diferente, com novo motor e escapes diferentes, mas o sul-africano Brad Binder não foi além do 10.º lugar.
A Yamaha testou muitas peças que tem vindo a desenvolver nos testes privados a que tem direito e conseguiu colocar Fábio Quartararo na quinta posição, à frente do líder do campeonato, o espanhol Jorge Martin (Ducati), que foi sexto.
Esta foi a terceira e última sessão de testes a que os pilotos têm direito. A próxima bateria decorre após a última corrida da temporada, em Valência, em novembro. Nessa altura, Miguel Oliveira já deverá fazer a estreia com a Yamaha da equipa Pramac.