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Marques Mendes: Pinto da Costa sai derrotado “porque não soube sair do poder a tempo”

O comentador elogiou o funcionamento da democracia no desporto, que colocou um ponto final à liderança de 42 anos de Pinto da Costa no FC Porto. No espaço de comentário, Marques Mendes elogiou a “coragem [de Villas-Boas] de enfrentar o poder”.
28 Abril 2024, 22h47

O comentador Luís Marques Mendes considera que a vitória esmagadora sobre Pinto da Costa aconteceu porque o agora ex-presidente do Futebol Clube do Porto “não soube sair do poder a tempo”. Ainda assim, lembra que “sai com um lugar enorme na história do clube”.

A verdade é que Jorge Nuno Pinto da Costa assumiu a presidência dos Dragões em 1982, sendo que antes ainda foi responsável do hóquei, diretor das modalidades amadoras e diretor do futebol. Desde que Pinto da Costa subiu à tribuna, o FC Porto conquistou mais de 1.300 títulos nas modalidades, entre as quais duas Ligas dos Campeões e duas Taças Intercontinentais”. Foram 42 anos e 15 mandatos, mas o mítico dirigente é o presidente do mundo do futebol com mais títulos.

No seu espaço habitual de comentário, Marques Mendes considera que a democracia voltou a funcionar, desta vez “no plano desportivo”. “Isso é sempre de enaltecer. Uma vitória da democracia, mesmo da democracia interna dos clubes desportivos, é sempre um acontecimento inspirador”.

Por isso mesmo, e não deixando passar as eleições dos Dragões em branco, o comentador elogiou os dois dirigentes. “Uma saudação a André Vilas Boas. A sua vitória não é só esmagadora. É, sobretudo, a vitória da coragem. Coragem de ser alternativa, coragem de enfrentar o poder, coragem de falar com frontalidade e de agir sem calculismos. E, na hora da eleição, afirmou-se com nível e superioridade”, apontou.

Sobre Pinto da Costa, e apesar da derrota, Marques Mendes considera que este “fez do FCP um clube com uma excecional dimensão nacional e internacional. E é, em todo o mundo, o presidente de um clube de futebol com mais títulos conquistados. Isto é obra e é história”, evidenciou.

Ainda numa breve análise sobre os outros grandes, Marques Mendes lembrou a liderança de Frederico Varandas no Sporting e de Rui Costa no Benfica. “Agora, é André Villas-Boas que conquista a posição cimeira no FCP”.

“O que há em comum nestas três circunstâncias é muito claro: uma mudança geracional nos três principais clubes do país. E uma mudança geracional pode ser uma lufada de ar fresco no mundo do futebol. Bom para o futebol e bom para a sociedade”, sustentou.

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