Israel interceptou, esta segunda-feira, uma embarcação que transportava Greta Thunberg e outros ativistas, e que tentava furar o bloqueio naval israelita para entregar ajuda em Gaza. 

O Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita declarou que o iate Madleen, de bandeira britânica, denominado como «iate das selfies», foi abordado e estava a «a dirigir-se em segurança para as costas de Israel», afastando-se assim do destino desejado, Gaza, tendo os tripulantes recebido comida e água. «Espera-se que os passageiros regressem aos seus países de origem», afirmou o ministério num post no X. 

Também nas redes sociais, através da fundação que apoia a viagem, a ativista sueca divulgou um vídeo em que acusa Israel de rapto: «Chamo-me Greta Thunberg e sou da Suécia. Se estão a ver este vídeo, é porque fomos intercetados e sequestrados em águas internacionais pelas forças de ocupação israelitas ou por forças que apoiam Israel. Peço a todos os meus amigos, familiares e camaradas a pressionar o governo sueco para que exija a minha libertação e dos outros o mais depressa possível», declara.

A embarcação transportava um carregamento simbólico de ajuda humanitária e partiu da Sicília no início do mês com o objetivo de chegar a Gaza, que bloqueada por Israel há dois meses tem vários relatos de fome. 

Entre outros, a bordo seguem também Thiago Ávila, ativista e político brasileiro; Rima Hassan, deputada francesa do Parlamento Europeu; ou Baptiste André, um médico francês que viajava com o grupo para prestar assistência em eventuais confrontos com as forças israelitas. Todos eles fizeram também vídeos a denunciar rapto.