Ao todo, são mais de 250 filmes de 60 países que serão exibidos em 20 salas da cidade do Rio de Janeiro até ao dia 14 de outubro.

Participam no festival outras coproduções portuguesas, como "Outubro Acabou", de Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes; "Olmo e a Gaivota", de Petra Costa e Lea Glob; "Aqui em Lisboa", de Denis Côté, Dominga Sotomayor, Gabriel Abrantes e Marie Losier; e a produção inteiramente portuguesa "Rabo de Peixe", de Joaquim Pinto e Nuno Leonel.

Protagonizado pelos atores brasileiros Marjorie Estiano e Sergio Guizé, "Beatriz" foi todo rodado em Lisboa, numa parceria entre as produtoras MPC Filmes, Telecine e Filmes do Tejo II. No elenco, estão as atrizes portuguesas Beatriz Batarda e Margarida Marinho e a espanhola Nerea Barros, vencedora do prémio Goya de 2015 de atriz revelação, pela sua atuação no filme "La Isla Mínima".

"Se eu pudesse, repetiria essa experiência sempre", disse o realizador Alberto Graça sobre as filmagens em Portugal, defendendo que a melhor estratégia para os filmes brasileiros de arte se tornarem viáveis é fazer coproduções internacionais, que dão "pernas mais longas" para a distribuição do filme.

"Caso contrário, só as comédias sobrevivem aqui", observou. Alberto Graça frisou que teve "total liberdade" para dirigir a sua terceira longa-metragem como realizador.

"Fiz exatamente como quis, a responsabilidade é toda minha", disse, referindo que gostou de trabalhar com uma equipa técnica mais reduzida, com 34 elementos, ao contrário do que é o habitual no Brasil.

Alberto pretende exibir "Beatriz" em vários festivais, antes de fazer o lançamento comercial do filme no Brasil, no primeiro trimestre de 2016, em simultâneo com Portugal.

MYBA // VM

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