Carlos Vila Nova, com 39,47% dos votos (32.022 votos), foi o candidato mais votado nas eleições presidenciais de domingo em São Tomé e Príncipe, e vai disputar a segunda volta com Guilherme Posser da Costa, que obteve 20,75% dos votos (16.829).

Questionado sobre se já tem apoios de outras candidaturas para a segunda volta, que deverá ser disputada em 08 de agosto, respondeu: "É verdade que não posso dizer se há acordo, se não há acordo, porque é difícil".

"A minha candidatura elegeu São Tomé e Príncipe em primeiro lugar e todos aqueles que acham que São Tomé e Príncipe também para eles está em primeiro lugar que se associem a nós. Nós fizemos o convite e não deixarei ao longo desta campanha de segunda volta de fazer passar essa mensagem: todos aqueles pertencentes à estrutura de outras candidaturas ou não, ou aderentes, simpatizantes, que vejam de facto que São Tomé e Príncipe é que está causa", comentou, em entrevista.

Vila Nova, que foi apoiado pela Ação Democrática Independente (ADI), revelou que "grande parte dos outros candidatos" -- a esta eleição concorreram 19 pessoas -- o contactou para felicitar pelos resultados, ocasião em que aproveitou para "conversar" na busca de apoios.

Questionado sobre se falou com algum dos seis concorrentes do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP-PSD), que apoiou oficialmente Posser da Costa, disse que não.

"Mas os outros [candidatos], que podem também de alguma maneira contribuir para o fortalecimento da democracia, [com] grande parte já conversámos", disse.

Na segunda volta, Carlos Vila Nova afirmou querer insistir nas mesmas ideias: "Uma mensagem de paz, uma mensagem virada para os são-tomenses, para as preocupações dos são-tomenses, para a situação socioeconómica e pensando no desenvolvimento de São Tomé e Príncipe, mas sobretudo pensando nas pessoas".

"Nós estamos confiantes, mais uma vez, na reação e na maturidade do povo de São Tomé e Príncipe, que saberá escolher o candidato certo porque nós continuaremos muito próximos deles, continuaremos a trabalhar com eles, continuaremos a ouvi-los e continuaremos a respeitá-los para que de facto São Tomé e Príncipe comece ou recomece a ter esperança", afirmou ainda.

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