Trabalhadores da logística entram esta terça-feira em greve e vão ‘paralisar’ Itália

Itália enfrenta, esta terça-feira, uma greve nacional de 24 horas para os trabalhadores do transporte marítimo, do transporte de mercadorias e da logística: o protesto foi convocado pelas organizações sindicais ADL Cobas, Si Cobas, Cobas Lavoro Privato, CUB Trasporti e SGB.

Entre os pedidos das entidades sindicais estão o não à guerra e aos gastos militares, e sim ao aumento geral dos salários igual à inflação e despesas sociais; não à abolição da renda de cidadania e sim ao trabalho estável e seguro ou a um salário garantido para todos os desempregados.

Os representantes sindicais italianos explicaram que “no mês de março expirou o Acordo Coletivo Nacional para o setor”, mas “apesar da apresentação da nossa plataforma de reivindicações a todas as associações patronais já no final de fevereiro não obtivemos qualquer vontade de discutir”.

“Em suma, a plataforma de reivindicações prevê aumentos salariais de 300 euros úteis para recuperar, pelo menos em parte, a drástica perda de poder de compra dos salários, o pedido para avançar rapidamente com a internacionalização dos trabalhadores, para encerrar definitivamente a época de compras e subcontratação que não só precarizou as condições de trabalho com a imposição, em muitos casos, da figura do (falso) trabalhador-membro, como permitiu enormes evasões fiscais e à segurança social e o crescimento da taxa de acidentes de trabalho”, referiram os organismos sindicais.

A plataforma apelou também “à redução do horário de trabalho com igualdade salarial, maiores cláusulas de proteção para os motoristas (principalmente os motoristas dos grandes transportadores) e a introdução de aumentos e condições mais favoráveis ​​para aqueles que são forçados (muitos no setor) a trabalhar em noite”.