Tosse convulsa alastra no Reino Unido: cinco crianças morrem da infeção. Há três vezes mais casos este ano do que em todo 2023

O Reino Unido contabiliza já a morte de cinco crianças este ano por tosse convulsa, numa altura em que os casos da doença continuam a aumentar: de acordo com a publicação britânica ‘The Independent’, foram relatados mais de 2.700 casos em 2024 – mais de três vezes a quantidade registada em todo o ano passado.

De acordo com os novos números da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA), estão notificados 2.793 casos até ao final de março – em todo o ano de 2023 houve 858 casos.

A UKHSA indica ainda que, entre janeiro e o final de março, ocorreram cinco mortes entre crianças, que correm maior risco de complicações graves da doença.

Embora a maioria dos casos (50,8%, 1.420) registados tenham ocorrido em pessoas com 15 ou mais anos, que normalmente contraem uma doença ligeira, as taxas de tosse convulsa permanecem mais elevadas em bebés com menos de três meses.

A tosse convulsa é uma doença cíclica que atinge o pico a cada três e cinco anos, com o último aumento cíclico a ocorrer em 2016. No entanto, tal como acontece com outras doenças, os casos caíram para números muito baixos durante a pandemia da Covid-19 devido a restrições e comportamentos públicos e, portanto, um “ano de pico está atrasado”.

A tosse convulsa é uma infeção bacteriana que afeta os pulmões.

Os primeiros sinais de infeção são semelhantes aos de uma gripe, mas após cerca de uma semana, a infeção pode evoluir para crises de tosse que duram alguns minutos e geralmente pioram à noite.

Os bebés pequenos também podem emitir um “grito” distinto ou ter dificuldade em respirar após um ataque de tosse, embora nem todos os bebés façam este ruído, o que significa que a tosse convulsa pode ser difícil de reconhecer.

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