"O caso foi no ano passado. O julgamento tem sido adiado várias vezes devido à covid-19, mas a audiência está marcada para 07 de julho. Lá estarei e estou de consciência tranquila", afirmou Bano, em declarações à Lusa a partir do enclave timorense.

Bano, que tomou posse na semana passada, explicou à Lusa que o caso remonta a meados de 2019, quando era presidente interino da autoridade regional, e se refere a uma queixa de agressão de um professor.

"Um professor apareceu na minha residência -- eu não estava lá --, juntou-se muita gente e quando eu cheguei havia confusão e eu tentei separar", referiu.

"O senhor estava bêbedo e depois foi-se queixar de agressão. Mas não houve nada sério. Penso que há quem esteja a tentar misturar isto com questões políticas", defendeu.

Arsénio Bano considerou "totalmente falsa" uma notícia publicada na edição de hoje do jornal Timor Post, que indica que o tribunal de Oecusse lhe teria dado um ultimato para se apresentar, depois de alegadamente ignorar notificações para a audiência.

"É totalmente falso. Nunca recusei ir ao tribunal. Estou com a consciência tranquila e quando for chamado irei ao tribunal responder", afirmou.

"Foi o tribunal que foi sucessivamente adiando o julgamento, especialmente por causa da covid-19", disse.

Arsénio Bano chegou hoje a Pante Macassar, capital regional do enclave timorense, pela primeira vez desde que tomou posse no cargo, explicando que foi recebido "por muita gente".

O jornal refere que o tribunal notificou Arsénio Bano para responder por uma acusação de ofensas simples à integridade física por um cidadão do enclave, Domingos Nessi.

Bano é coarguido no processo com Rui Bano e Meta Bano, num crime que tem uma moldura penal de até três anos de prisão.

O Timor Post refere que o tribunal notificou Bano para se apresentar a 19 de março e posteriormente a 03 de junho, adiando a audiência para 07 de julho, e que poderia ordenar a emissão de um mandado de captura caso não compareça nesse dia no tribunal.

ASP // PTA

Lusa/Fim